OnCue: Teclado com IA e feedback háptico vence prêmio global e promete autonomia para quem tem Parkinson
Um teclado ergonômico e inteligente acaba de redefinir o papel da acessibilidade digital em 2025. O OnCue, desenvolvido pela designer italiana Alessandra Galli, conquistou o James Dyson Award global ao mostrar como inovação focada pode devolver autonomia para milhões de pessoas vivendo com Parkinson.
A revolução do OnCue: tecnologia e inclusão
Projetado desde as entranhas para combater desafios reais, o OnCue nasce após extensas entrevistas com pacientes e validação médica. Ele não é apenas mais uma ferramenta assistiva: é o primeiro teclado que integra pistas sensoriais—vibrações hápticas nos pulsos e nas teclas, além de iluminação assistida por IA—para minimizar tremores, atrasos motores e bloqueios comuns em quem vive com Parkinson.
Galli apostou em inspirações do mundo gamer, optando por uma arquitetura dividida, compacta e wireless, que exige menos esforço dos dedos e antebraços. Keycaps com bordas elevadas guiam o posicionamento correto, enquanto as pulseiras vibratórias mantêm o ritmo e ajudam a compensar a perda de sensibilidade tátil.
Impacto humano: redescobrindo a digitação
O que para muitos é rotineiro—digitar um email—pode ser fonte de isolamento e ansiedade para quem tem a doença. O OnCue ataca justamente o ponto de autonomia perdida, prevendo as letras pelo padrão de digitação e iluminando sugestões, o que corta erros e hesitações em tempo real. Tudo é personalizável: intensidade das vibrações, layout das teclas, padrões visuais e até software de adaptação diária para cada paciente.
Mais que reconhecimento financeiro, o prêmio (30 mil libras) sinaliza o início da escalada comercial do OnCue, com planos de ampliação para outras condições neurológicas, como Alzheimer e distonia. O projeto já se fortalece na comunidade, com depoimentos de usuários testando o protótipo, enquanto a equipe de Galli busca parcerias hospitalares para criar redes de apoio e refinamento contínuo.
Em uma era de crescimento exponencial das doenças neurodegenerativas, soluções como o OnCue não trazem apenas conforto: representam cidadania digital, autenticidade e protagonismo para um público que, historicamente, viu tecnologia ser sinônimo de barreira. O reconhecimento Dyson avaliza não só a inovação, mas a urgência ética de investir em projetos que priorizam dignidade e independência


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