Wall Street perde o entusiasmo com IA e ações de gigantes de tecnologia despencam em novembro
Wall Street perde o entusiasmo com IA e ações de gigantes de tecnologia despencam em novembro
Wall Street começa a questionar a rentabilidade da inteligência artificial. O índice Nasdaq caiu 3% na primeira semana de novembro, a maior retração desde os anúncios tarifários de Donald Trump em abril. Empresas que lideravam o boom da IA foram as mais atingidas: NVIDIA recuou 7% após bater recordes históricos, Oracle perdeu 9% e Palantir despencou 11%.
O movimento surpreende porque acontece sem catalisadores óbvios. Nem os resultados trimestrais positivos de Meta e Microsoft impediram a correção. A NVIDIA havia superado os 5 trilhões de dólares em valor de mercado no fim de outubro, mas o otimismo não se sustentou.
Expectativas infladas criam vulnerabilidade
“As valorações estão infladas. Qualquer má notícia se amplifica, e as boas notícias não bastam para fazer diferença porque as expectativas já são extremamente altas”, alertou Jack Ablin, da Cresset Capital, ao Wall Street Journal.
O problema central é a economia circular da IA, termo usado por especialistas como Anthony Scilipoti para descrever um setor que consome recursos massivos mas ainda não gera retornos proporcionais. Empresas investem bilhões em chips e infraestrutura, mas a monetização permanece incerta.
Contexto desfavorável amplifica pressão
O momento é especialmente delicado. O governo dos Estados Unidos enfrenta paralisações orçamentárias, enquanto gigantes de tecnologia anunciam demissões em massa. Consumidores demonstram cautela após anos de euforia tecnológica.
Essa combinação cria um cenário onde investidores reavaliaram rapidamente suas posições. As ações de tecnologia, que dominaram ganhos recentes, tornaram-se as mais vulneráveis à correção.
Setor precisa demonstrar valor real
A inteligência artificial prometeu revolucionar indústrias inteiras, mas Wall Street agora exige provas concretas. Os próximos trimestres serão decisivos para determinar se a IA justifica os trilhões investidos ou se representa outra bolha tecnológica prestes a estourar.
O mercado enviou um recado claro: promessas não bastam mais. Empresas precisam converter investimentos em lucros tangíveis, ou enfrentarão ceticismo crescente de investidores que já vivenciaram ciclos de hype anteriores.
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