Canva libera Affinity totalmente gratuito e declara guerra aberta à Adobe

Canva anunciou um movimento estratégico transformador: o Affinity, que era uma suíte de três softwares profissionais separados (Designer, Photo e Publisher) vendidos por uma compra única, agora é completamente gratuito, e unificado.

No Brasil, essa mudança é particularmente disruptiva. A licença universal custava R$ 899, enquanto cada app individual saía por R$ 399 cada. Para comparação: o Photoshop isolado na Adobe custa a partir de R$ 104/mês, e o Creative Cloud Pro (suite completa) chega a R$ 320/mês após o período promocional. 

A empresa adquiriu a Serif (desenvolvedora do Affinity) em março de 2024 e, desde então, preparava essa transformação. Ao contrário da abordagem anterior — três aplicações separadas (Designer, Photo e Publisher) — a nova versão 3 unifica todas as ferramentas em um único ambiente integrado.

O que mudou no Affinity

O novo software permite abrir e editar projetos criados em ferramentas concorrentes: arquivos .PSD (Photoshop), .AI (Illustrator), .IDML (InDesign) e formatos universais como SVG, TIFF e PDF. Designers não precisam converter ou recomeçar projetos do zero.​

A interface consolidada combina edição de fotografias, ilustração vetorial, design gráfico e paginação — funcionalidades que a Adobe distribui em aplicações separadas com custos incrementais. Disponível para Mac e Windows, com versão iPad prevista para breve.

A inteligência artificial como diferencial

Usuários com conta Canva Premium acessam o AI Studio integrado ao Affinity, incluindo preenchimento generativo, expansão de imagens e remoção de fundo. A empresa garante privacidade: criações não são usadas para treinar modelos de IA.​

Para designers em transição de ecossistemas Adobe, esse nível de integração remove fricção sem comprometer segurança de dados.

O Brasil ganhou destaque nessa expansão: é o segundo maior mercado global do Canva, com mais de 1,4 bilhão de designs criados no último ano. A adoção de IA e ferramentas profissionais como o Affinity é particularmente alta na região, sinalizando que designers brasileiros já buscavam alternativas profissionais ao ecossistema Adobe.

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