OpenAI vai fabricar seus próprios chips de IA: parceria bilionária com Broadcom é confirmada

OpenAI vai fabricar seus próprios chips de IA: parceria bilionária com Broadcom é confirmada

A OpenAI finalmente tirou do papel um projeto que vinha sendo especulado há anos: a criação de seus próprios chips de inteligência artificial. Em comunicado oficial divulgado em seu site oficial, a empresa de Sam Altman confirmou uma parceria estratégica com a Broadcom para desenvolver aceleradores de IA proprietários, capazes de entregar 10 gigawatts de poder computacional.

A divisão de tarefas é clara: a OpenAI ficará responsável pelo design dos chips e pela arquitetura dos sistemas que serão implementados. Já a Broadcom entrará com suas soluções de conectividade, fundamentais tanto para a instalação inicial quanto para a expansão futura desses servidores — que estarão distribuídos entre as próprias instalações da startup e data centers operados por parceiros.

Por que a OpenAI quer fabricar seus próprios chips

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Segundo Altman, a estratégia vai além de simples autonomia tecnológica. “Ao projetar seus próprios chips e sistemas, a OpenAI pode integrar o que aprende com o desenvolvimento de modelos e produtos de ponta diretamente no hardware, desbloqueando novos níveis de capacidade e inteligência”, explicou o CEO no comunicado.

Na prática, isso significa controle total sobre a cadeia de desenvolvimento: da criação de modelos como o GPT-4 até o hardware que os executa. Essa integração vertical pode resultar em ganhos expressivos de performance e eficiência energética, dois fatores críticos em um mercado onde os custos operacionais da IA são astronômicos.

Os primeiros rumores sobre a intenção da OpenAI de fabricar chips próprios surgiram em 2023. Desde então, nomes como Broadcom e TSMC já circulavam como possíveis parceiros para viabilizar o projeto. Agora, a peça que faltava no quebra-cabeça está oficialmente no lugar.

Um acordo de “vários bilhões de dólares”

Embora as empresas não tenham divulgado valores exatos, o The Wall Street Journal estima que a parceria entre OpenAI e Broadcom movimente “vários bilhões de dólares”. O investimento reflete a urgência da startup em garantir infraestrutura própria em um momento em que a demanda por poder computacional cresce exponencialmente.

Vale destacar que essa colaboração não substitui outras alianças já firmadas. A OpenAI continua contando com a NVIDIA, que fornecerá 10 gigawatts de capacidade computacional a partir de 2026, além de ter anunciado um investimento de US$ 100 bilhões na empresa. Há também a parceria recente com a AMD, que contribuirá com 6 gigawatts através de suas GPUs mais avançadas, também com implantação prevista para o próximo ano.

A aposta estratégica da Broadcom

A expertise da Broadcom em tecnologias de conectividade foi determinante para o acordo. A OpenAI destacou especialmente as redes Ethernet como elemento crucial não apenas para a implementação dos novos data centers, mas também para sua escalabilidade futura.

Esse foco em infraestrutura de rede faz sentido: à medida que os modelos de linguagem se tornam mais complexos e os data centers mais distribuídos, a velocidade e confiabilidade da comunicação entre servidores se tornam fatores limitantes de performance.

Quando chegam os primeiros chips?

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Por enquanto, a OpenAI não divulgou cronograma para a chegada de seus primeiros chips proprietários. O que impressiona, no entanto, é a capacidade da empresa de atrair gigantes do setor para sua órbita em um período tão curto.

Essa convergência de parcerias levanta questões. Na semana passada, a Bloomberg publicou uma reportagem alertando para os chamados “acordos circulares” envolvendo a OpenAI, NVIDIA e AMD. A matéria sugere que essas alianças podem fazer parte de uma estratégia para inflar artificialmente o boom da inteligência artificial — um mercado que já movimenta cerca de US$ 1 trilhão.

Se essas preocupações se confirmarão ou se a OpenAI realmente está construindo infraestrutura sólida para o futuro da IA, só o tempo dirá. O que é certo: a corrida pelos chips de inteligência artificial acaba de ficar muito mais competitiva.

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