Sam Altman aposta todas as fichas na TSMC — e deixa a Intel de fora dos planos da OpenAI
Sam Altman aposta todas as fichas na TSMC — e deixa a Intel de fora dos planos da OpenAI
A OpenAI não está interessada em diversificar seus fornecedores de chips. Em entrevista ao site Stratechery, Sam Altman foi taxativo ao ser questionado sobre alternativas à TSMC: ele quer apenas que a fabricante taiwanesa aumente sua produção. A resposta frustra os planos do governo americano, que investe bilhões para tornar a Intel uma opção viável.
Por que a TSMC continua imbatível
A preferência de Altman não é acidental. A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company domina a fabricação de semicondutores de última geração — justamente o tipo que alimenta os modelos de IA da OpenAI. A empresa taiwanesa entrega escala, confiabilidade e processos de fabricação que ainda estão à frente da concorrência.
Quando o entrevistador mencionou que Nvidia e AMD dependem da mesma fonte (a TSMC), Altman cortou o assunto: “Eu gostaria que a TSMC apenas construísse mais capacidade”. Sem rodeios. Sem interesse em plano B.
O chip secreto da OpenAI
A declaração ganha peso extra porque a OpenAI está desenvolvendo seu próprio processador de IA. Durante uma visita discreta a Taiwan este ano, Altman fechou detalhes do projeto. Fontes indicam que o chip usará o processo de 3 nanômetros da TSMC — uma das tecnologias mais avançadas disponíveis hoje.
É um movimento estratégico. Criar hardware próprio permite que a OpenAI otimize cada aspecto do desempenho dos seus modelos de linguagem, reduzindo custos e dependência de terceiros como a NVIDIA.
Intel fica no banco de reservas
A resposta de Altman contrasta com os esforços de Washington. O governo americano tem pressionado gigantes da tecnologia a considerarem a Intel como alternativa, injetando recursos na divisão Intel Foundry Services. A fabricante americana promete competir com a TSMC através do seu processo 18A, mas ainda precisa provar capacidade em escala comercial.
Lisa Su, CEO da AMD, também evitou comprometimentos claros com a Intel quando questionada sobre o tema. A mensagem do setor é parecida: confiamos no que já funciona.
O dilema geopolítico que ninguém quer resolver
Concentrar a produção de chips avançados em Taiwan representa um risco geopolítico óbvio. Qualquer tensão no Estreito de Taiwan afetaria instantaneamente o fornecimento global de semicondutores. Ainda assim, empresas como OpenAI e AMD priorizam resultados imediatos sobre segurança estratégica de longo prazo.
Para Altman, expandir a TSMC resolve o problema de curto prazo sem os riscos de testar novos parceiros. É uma aposta pragmática: melhor ampliar o que funciona do que arriscar em promessas não cumpridas.
A Intel continua correndo atrás, mas empresas que apostam tudo em IA não podem esperar.
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