
Robot Mall: China inaugura shopping de robôs e aposta nas máquinas como atração de massa
Robot Mall: China inaugura shopping de robôs e aposta nas máquinas como atração de massa
Um novo ponto turístico e tecnológico abriu as portas no distrito de E-Town, em Pequim. O Robot Mall, com quatro andares e 4 mil metros quadrados, é o primeiro shopping da China dedicado exclusivamente a robôs humanoides e de consumo. Mais de 100 máquinas, criadas por 40 empresas diferentes — incluindo gigantes como Ubtech Robotics e Unitree Robotics — dividem o espaço, que mistura espetáculo, interatividade e negócios.
O que é o Robot Mall e por que ele é único
Logo na entrada, um enorme braço robótico suspenso se move para saudar os visitantes. Perto dali, cães robóticos fantasiados com trajes de dança do leão animam o ambiente ao som de música tradicional, enquanto humanoides como o Tiangong, do Beijing Humanoid Robot Innovation Center, demonstram habilidades de precisão.
Os preços variam de 2 mil yuans (US$ 278) a vários milhões para os modelos mais avançados, como a réplica de Albert Einstein capaz de explicar conceitos de física — à venda por cerca de 700 mil yuans (US$ 97 mil).
Robôs em ação: das réplicas de Einstein aos garçons autônomos
Entre as atrações, é possível ver um garçom robótico servindo bebidas com movimentos fluidos, um farmacêutico automatizado separando medicamentos e até uma banda mecânica com um baterista robô que mantém o ritmo perfeito. Visitantes podem desafiar máquinas em partidas de xadrez ou assistir apresentações de dança sincronizada.
Para Wang Yifan, diretor do mall, o objetivo é aproximar a robótica do dia a dia. “As empresas ainda têm dificuldade em apresentar seus produtos ao público”, afirmou.
O papel da China no mercado global de robótica
O Robot Mall é parte de um plano estratégico nacional. Só no último ano, o governo chinês injetou mais de US$ 20 bilhões em subsídios e já prepara um fundo de 1 trilhão de yuans (US$ 137 bilhões) para startups de IA e robótica.
A inauguração foi programada para coincidir com dois grandes eventos:
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World Robot Conference 2025 (12 de agosto), reunindo 1.500 exibições de 200 empresas e 500 especialistas de 20 países.
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World Humanoid Robot Games (14 a 17 de agosto), com 21 competições que vão de partidas de futebol a desafios de triagem de medicamentos.
Limitações e desafios para popularizar os robôs humanoides
Nem tudo é perfeito. Um robô de cafeteria, encarregado de separar lixo de louça, congelou no meio da tarefa, segurando uma xícara até que um técnico interviesse.
Além disso, os altos custos de produção — impulsionados pelo baixo volume e pela complexidade técnica — mantêm muitos modelos fora do alcance do consumidor comum.
Segundo Ma Ning, vice-diretor de E-Town, a China domina a produção de componentes, mas ainda luta para baratear o produto final. Para mudar esse cenário, foi lançada uma plataforma de manufatura ágil com plantas-piloto e hubs logísticos que devem reduzir custos nos próximos anos.
O futuro do setor: projeções para 2030
De acordo com o Chinese Institute of Electronics, o mercado de robôs humanoides na China pode atingir 870 bilhões de yuans (US$ 121 bilhões) até 2030, impulsionado pela IA e pela demanda de aplicações práticas — do entretenimento à indústria.
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