DDR6 chega em 2027 com velocidades até 83% maiores que DDR5; veja os detalhes

O desenvolvimento das memórias DDR6 ganhou ritmo acelerado nos últimos meses, com fabricantes de módulos e placas-mãe já trabalhando ativamente em novas soluções. Embora ainda faltem alguns anos para vermos esse novo padrão em computadores convencionais, as especificações prometem um salto impressionante de desempenho, com velocidades que podem chegar a incríveis 17.600 MT/s, praticamente dobrando o que temos hoje no mercado.

A JEDEC, organização responsável pela padronização de memórias eletrônicas, finalizou as especificações do padrão DDR6 em 2024. Agora, grandes fabricantes estão trabalhando para transformar essas especificações em produtos reais, com os primeiros módulos previstos para chegarem ao mercado em 2027.

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Segundo relatórios da indústria, a crescente demanda por soluções de computação de alto desempenho (HPC) e inteligência artificial tem levado fabricantes como Samsung, Micron e SK Hynix a acelerarem o desenvolvimento da nova geração de memórias. Com o ritmo atual, o processo de testes e verificação das plataformas deve ser concluído até 2026, preparando o terreno para a implementação comercial no ano seguinte.

AMD, Intel e até mesmo NVIDIA estão trabalhando em conjunto com os fabricantes de memória para garantir que o DDR6 chegue ao mercado o mais rápido possível. O foco inicial serão os servidores e equipamentos de alto desempenho, com a adoção pelo mercado consumidor acontecendo posteriormente, seguindo o mesmo padrão que vimos com o DDR5.

Mais velocidade, nova arquitetura e novos slots

As especificações do DDR6 são realmente impressionantes quando comparadas à geração atual. A velocidade base será de 8.800 MT/s, representando um aumento de 83% em relação aos 4.800 MT/s do DDR5. Para ter uma ideia do avanço, essa velocidade base já é considerada alta mesmo para os módulos DDR5 atuais de alto desempenho.

Quanto às velocidades máximas, o DDR6 poderá atingir até 17.600 MT/s, o que representa um ganho de 70-80% em relação aos módulos DDR5 mais rápidos disponíveis atualmente. Além da velocidade, o DDR6 também trará uma nova arquitetura, passando de um canal 2×32-bit para 4×24-bit.

Uma mudança importante é que o DDR6 exigirá um novo design de slot para manter a qualidade do sinal e garantir alta largura de banda em um design de alta densidade e baixa impedância. Para isso, o formato CAMM2 (Compression Attached Memory Module) está sendo considerado como uma solução promissora, embora sua adoção tenha sido lenta tanto no segmento de servidores quanto no de consumo.

Os relatórios também mencionam que alguns notebooks de alto desempenho poderão utilizar soluções DDR6, baseados em futuras gerações de CPUs da Intel e AMD. No entanto, isso pode estar relacionado ao LPDDR6, já que processadores móveis geralmente utilizam soluções de memória de baixo consumo.

Assim como aconteceu com o DDR5, que levou alguns anos para ganhar adoção em massa, é esperado que o DDR6 siga um caminho similar. As velocidades mais altas certamente atrairão entusiastas, mas o sucesso no mercado mainstream só virá com a adoção em massa pelo mercado consumidor. Também é provável que, nos primeiros anos, os módulos DDR6 tenham preços consideravelmente mais altos, como ocorreu com o DDR5 quando foi lançado.

Fonte: WCCFTech