Ray Tracing em Red Dead Redemption 2: O desafio técnico da Rockstar
Ray Tracing em Red Dead Redemption 2: O desafio técnico da Rockstar
A implementação de ray tracing em Red Dead Redemption 2 representa um desafio técnico muito maior do que foi enfrentado em Grand Theft Auto V, segundo especialistas da Digital Foundry. Embora a tecnologia tenha sido adicionada com sucesso ao GTA V nos consoles da atual geração e no PC, transferir essa mesma evolução gráfica para o faroeste da Rockstar exigiria soluções mais complexas devido às características únicas do jogo.
De acordo com a análise técnica, a possibilidade existe principalmente porque o ray tracing já foi implementado em versões anteriores do motor gráfico RAGE, usado em ambos os jogos. No entanto, a diferença na renderização e nas características visuais entre os títulos torna o processo bem mais complicado para RDR2.
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Um dos principais obstáculos está na diversidade de ambientes de Red Dead Redemption 2. O jogo apresenta uma quantidade significativamente maior de vegetação e paisagens naturais, em contraste com os cenários urbanos de GTA V. Essa característica faz com que o retorno visual do ray tracing seja menos perceptível, já que o efeito tende a se destacar mais em superfícies como vidro e metal, abundantes em Los Santos, mas escassas no velho oeste.
Os especialistas explicam que essa diferença impacta diretamente no modo como a luz se comporta. Nos ambientes predominantemente verdes e marrons de RDR2, a iluminação secundária (bounce lighting) seria menos evidente que a oclusão, criando um desafio para justificar o alto custo computacional da tecnologia. Em termos práticos, o esforço necessário para implementar o ray tracing completo poderia não compensar visualmente.
Caso a Rockstar decida enfrentar esse desafio, é improvável que o estúdio implemente todo o pacote de efeitos de ray tracing. A análise sugere que apenas recursos específicos seriam viáveis, como o ray tracing para iluminação global (RTGI), que melhoraria a atual tecnologia de SSAO (Screen Space Ambient Occlusion) do jogo, adaptando-se às mudanças de iluminação conforme o horário do dia. A oclusão ambiente com ray tracing também poderia trazer benefícios significativos.
Por outro lado, o ray tracing para sombras provavelmente não seria uma adição tão impactante, já que Red Dead Redemption 2 já possui um excelente sistema de sombras, considerado um dos pontos altos de sua qualidade gráfica. Mesmo lançado em 2018, o jogo continua sendo referência visual entre os títulos de mundo aberto, o que torna questionável a necessidade de grandes atualizações gráficas.
Muitos fãs do jogo provavelmente prefeririam ver a Rockstar focando em otimizações que permitissem alcançar 60 FPS estáveis nos consoles atuais, mesmo sem a adição de novos efeitos visuais.
Fonte: WCCFTech
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