Aos 97 anos, ela aprendeu sozinha a usar IA — e agora não vive sem

Aos 97 anos, ela aprendeu sozinha a usar IA — e agora não vive sem

Aos 97 anos, a espanhola Milagros León Franco não quer saber de desculpas. Enquanto muitos ainda relutam em usar inteligência artificial por medo ou preconceito, ela fez o caminho oposto: mergulhou de cabeça. E não por incentivo dos netos, nem por tutoriais — mas por pura curiosidade.

“Uso muito. É fácil”, diz com a naturalidade de quem já passou quase um século vendo o mundo mudar. A IA entrou em sua rotina como uma aliada para descobrir informações, tirar dúvidas sobre aposentadoria, buscar dados sobre autores ou até apenas aprender algo novo por prazer. “Ela sempre me responde muito bem”, declarou ao site El Espanol.

A curiosidade venceu o medo

idosa

Milagros não esperou ninguém lhe ensinar. Ela descobriu a IA sozinha, lendo e explorando a internet. Antes disso, já usava WhatsApp, Google e outras ferramentas básicas. Mas com os sistemas de IA, encontrou algo mais direto. “Com uma pergunta, recebo tudo em uma resposta só.”

Hoje, usa uma aplicação instalada no celular, o que reduziu drasticamente o tempo que gasta buscando informações. “Logo aparece: ‘Pergunte o que quiser que eu respondo’. É muito interessante.” E afirma: qualquer um pode aprender — desde que queira de verdade.

“O problema é que as pessoas nem tentam”

Milagros não tem paciência para autossabotagem digital. “Todo mundo sabe fazer, se forem coisas normais. O que falta é vontade.” Para ela, a brecha digital que afasta idosos da tecnologia é, muitas vezes, menos sobre dificuldade e mais sobre desistência precoce.

Ela critica a postura de quem diz “isso não é pra mim” ou “já tenho idade demais pra isso”. Na visão dela, esse pensamento é o verdadeiro obstáculo. “Não é que não saibam. É que nem tentam.”

Um alerta sobre o futuro da IA: “Ela é poderosa, mas exige responsabilidade”

Apesar do entusiasmo, Milagros também vê riscos. E avisa: se usada sem critério, a inteligência artificial pode trazer problemas sérios no futuro. “Eu já não vou viver isso, mas quem ficar vai ter que lidar com muitos desafios se ela for mal usada.”

Ela diz isso com base em leituras, em conversas e na própria intuição de quem já viu revoluções virem e irem. Mas continua acreditando que a IA, usada com consciência, é uma ferramenta poderosa e acessível.

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