Rumor: Intel vai abandonar núcleos híbridos nos processadores

Rumor: Intel vai abandonar núcleos híbridos nos processadores

Após anos apostando no modelo híbrido com núcleos de desempenho (P) e eficiência (E), a Intel pode estar prestes a mudar de rumo. Segundo informações de bastidores, a gigante do silício está desenvolvendo uma nova arquitetura de CPU que unificará os dois tipos de núcleos em uma única estrutura — e a mudança já tem nome e data: Titan Lake, previsto para 2028.

Se confirmado, esse será o maior salto arquitetural da Intel desde a chegada da 12ª geração (Alder Lake), quando a empresa adotou pela primeira vez a divisão entre núcleos de alto desempenho e núcleos econômicos, inspirada no modelo big.LITTLE da ARM. Essa escolha exigiu esforços colossais de integração, divisão de equipes de engenharia e soluções complexas como o Thread Director para que o sistema operacional soubesse o que rodar em cada tipo de núcleo.

Mas isso está prestes a acabar.

O que vem antes: Nova Lake e Raptor Lake encerram a era híbrida

Intel procesador

Antes da unificação, a Intel ainda prepara duas gerações híbridas que devem fechar esse ciclo:

  • Nova Lake (2026): trará núcleos P baseados na microarquitetura Coyote Cove e núcleos E em Arctic Wolf. A expectativa é que seja uma das maiores revoluções desde o Alder Lake, com suporte para instruções AVX10 e a nova arquitetura APX.

  • Razor Lake (2027): uma atualização mais modesta, baseada em Griffin Cove (P-cores) e Golden Eagle (E-cores).

Ambas as linhas continuarão usando o modelo híbrido com foco em desempenho multicore e eficiência energética. Mas tudo indica que serão as últimas a fazer isso.

Titan Lake e o retorno ao foco unificado

A partir de 2028, com a chegada do Titan Lake, a Intel deve abandonar o design heterogêneo e seguir com uma arquitetura de núcleo unificado. Curiosamente, os primeiros rumores indicam que a base dessa nova geração não será derivada dos núcleos P, mas sim de uma evolução da microarquitetura Arctic Wolf, originalmente usada nos núcleos E.

Essa escolha surpreende, mas faz sentido em um contexto onde eficiência, escalabilidade e simplicidade de design se tornam prioridades. Especialmente considerando que os processadores Xeon mais recentes já adotaram essa abordagem, sendo lançados com variantes separadas para workloads de performance ou eficiência — nunca misturando os dois núcleos no mesmo chip.

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