
Até 2050, pode haver um robô para cada 10 pessoas no planeta, aponta estudo
Até 2050, pode haver um robô para cada 10 pessoas no planeta, aponta estudo
A ideia de conviver com robôs humanoides em casa ou no trabalho sempre pareceu coisa de filme futurista. Mas isso está mudando — rápido.
Segundo um relatório recente do Morgan Stanley, até 2035 o mundo deve contar com pelo menos 13 milhões de robôs humanoides em operação, atuando em fábricas, escritórios e, progressivamente, dentro das residências. O número parece alto, mas é só o começo.
A projeção para 2050: um robô para cada 10 pessoas
A estimativa mais ousada do relatório aponta para uma verdadeira explosão no uso desses dispositivos: mais de 1 bilhão de robôs humanoides ativos até 2050 — quase um para cada dez habitantes do planeta, com base na projeção populacional da ONU.
Esse crescimento não virá apenas de avanços técnicos. Um fator crucial será o custo cada vez mais viável. A manutenção anual de um robô humanoide deve ficar em torno de US$ 10 mil, valor comparável ao custo de manter um carro nos Estados Unidos.
Mesmo no Brasil, onde os custos tendem a ser mais altos, a expectativa é que a tecnologia siga o caminho da popularização, ainda que de forma gradual.
Indústria é o primeiro campo de testes
Enquanto os robôs domésticos ainda estão sendo aperfeiçoados, o setor industrial já os incorporou de forma prática.
Montadoras como BMW, Mercedes-Benz e Hyundai vêm usando robôs humanoides em tarefas como inspeção de componentes, transporte de peças e movimentação de cargas — funções que antes exigiam esforço físico e repetição por parte dos trabalhadores humanos.
Já a Amazon testou o robô Digit em seus centros de distribuição. Ele é capaz de carregar e organizar caixas com eficiência, reduzindo a fadiga dos colaboradores e acelerando a logística em galpões de larga escala.
O impacto direto no mercado de trabalho
A automação traz um alerta: funções operacionais e repetitivas serão as primeiras a desaparecer. Em compensação, cresce a demanda por profissionais capazes de desenvolver, supervisionar e manter essas novas máquinas.
Para o Brasil, esse cenário representa um ponto de virada. Há risco de perda de postos tradicionais, mas também surgem oportunidades para modernizar o parque industrial e aumentar a competitividade global.
Tesla, Optimus e a corrida dos gigantes
Grandes empresas já entraram de cabeça nesse jogo. A Tesla, por exemplo, investe pesado no robô Optimus, projeto liderado pela equipe de IA da companhia. O modelo atual já é capaz de dobrar roupas, manusear objetos e interagir com o ambiente com relativa autonomia.
A ambição da Tesla vai além: criar um robô que possa operar em qualquer cenário, de fábricas a ambientes domésticos, com aprendizado adaptativo.
A chave: IA cada vez mais avançada
O grande diferencial dessa nova geração de humanoides é a evolução dos sistemas de inteligência artificial.
Se há poucos anos robôs mal conseguiam caminhar em linha reta, hoje já realizam tarefas complexas com equilíbrio, visão computacional e decisões em tempo real. A tendência é que essas habilidades só melhorem nos próximos anos, acompanhadas da miniaturização de componentes e da redução de custo.
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