Microsoft corta 9.000 empregos: Impacto na divisão Xbox e no futuro dos games

A Microsoft confirmou um novo e expressivo corte de funcionários que atinge até 9.100 colaboradores, representando aproximadamente 4% de sua força de trabalho global. A divisão Xbox é uma das mais afetadas nesta reestruturação, em um momento que agita o mercado de tecnologia e jogos eletrônicos em escala mundial.

Phil Spencer, líder da divisão Xbox, comunicou internamente que a empresa precisa “encerrar ou reduzir trabalhos em certas áreas do negócio” e seguir a direção da Microsoft de remover camadas gerenciais para aumentar a agilidade operacional. Esta reorganização visa priorizar áreas consideradas estratégicas para o futuro da companhia.

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Esta nova rodada de demissões se soma a uma série de cortes realizados pela empresa ao longo do último ano. Em janeiro, a gigante de Redmond já havia dispensado 1.900 funcionários da Activision Blizzard e Xbox, logo após a aquisição bilionária. Em maio, diversos estúdios de games foram fechados, e em junho outros 1.000 profissionais das equipes de HoloLens e Azure perderam seus empregos. Apenas em setembro, mais 650 colaboradores da divisão Xbox foram desligados.

Em memorando interno vazado, Spencer tentou amenizar o impacto da notícia lembrando que a empresa experimenta números recordes de jogadores, games e horas jogadas. “Nossa plataforma, hardware e roadmap de jogos nunca estiveram tão fortes”, afirmou, acrescentando que “o sucesso que estamos vendo atualmente é baseado em decisões difíceis que tomamos anteriormente”.

Contexto mais amplo das reestruturações

Esta nova onda de demissões ocorre menos de dois meses após a Microsoft cortar mais de 6.000 posições, seguidas por reduções adicionais de 305 funcionários no início de junho. Segundo informações do Seattle Times, a moral dos funcionários da empresa tem sido seriamente afetada por sucessivas rodadas de demissões baseadas em desempenho ao longo do último ano.

De acordo com o comunicado enviado aos funcionários, os colaboradores afetados receberão benefícios de indenização (alinhados às leis locais), incluindo pagamentos, cobertura de plano de saúde e recursos para recolocação profissional. A empresa também afirmou que incentivará os funcionários demitidos a explorarem posições abertas em outras áreas da Microsoft Gaming, com análise prioritária de suas candidaturas.

O timing destas demissões é particularmente intrigante, ocorrendo em um momento em que a Microsoft celebra o sucesso de sua aquisição da Activision Blizzard por US$ 69 bilhões, a maior da história da indústria de games. Para analistas, esta contradição entre expansão estratégica e cortes significativos revela um realinhamento profundo das prioridades da empresa no setor de entretenimento digital.

Para os jogadores, especialmente os assinantes do Game Pass e proprietários de consoles Xbox, resta observar como estas mudanças estruturais afetarão o desenvolvimento de novos títulos, especialmente de franquias populares como Halo, Forza e os recém-adquiridos Call of Duty e World of Warcraft, além do suporte e preços praticados no mercado nacional.

Fonte: The Verge