Smartwatch pode multiplicar por 7 a chance de manter rotina de exercícios, aponta estud

Uma nova pesquisa publicada no BMJ Open Diabetes Research & Care acende um alerta positivo: o smartwatch pode ser um aliado decisivo para quem quer manter uma rotina de atividade física — especialmente entre pessoas com diabetes tipo 2. Os dados mostram que o uso de relógios inteligentes aumenta em até sete vezes a chance de manter os exercícios ao longo do tempo.

Tecnologia no pulso, saúde em movimento

O estudo acompanhou 125 voluntários no Reino Unido e Canadá, todos recém-diagnosticados com diabetes tipo 2. A proposta era simples: metade recebeu smartwatches com sensores de movimento e monitoramento cardíaco; a outra metade, não. Em apenas seis meses, os resultados falaram por si.

Quem usou os relógios inteligentes teve dez vezes mais probabilidade de começar a se exercitar. E mais: sete vezes mais chances de manter a prática após o período inicial. Após um ano, ainda se observava um impacto: esses usuários eram três vezes mais propensos a continuar ativos.

Dados que fazem diferença

Mais de 50% das pessoas com smartwatch atingiram os níveis recomendados de atividade física. No grupo sem o dispositivo, apenas 17% chegaram lá. Isso mostra que a tecnologia pode ser muito mais do que um acessório: ela funciona como um gatilho para transformar intenção em hábito.

O que faz o smartwatch funcionar?

Especialistas apontam que o segredo está no conjunto de funcionalidades. Feedback em tempo real, notificações, gamificação, metas diárias e até ranking com amigos criam um ambiente que favorece a constância. E, na prática, isso vale tanto para quem tem uma condição crônica quanto para quem busca mais saúde no dia a dia.

Além disso, o simples ato de acompanhar passos, calorias e frequência cardíaca ativa mecanismos de recompensa que motivam o usuário a seguir se movendo.

Mercado em alta — e acessível

No Brasil, a popularização dos dispositivos vestíveis está em ritmo acelerado. Há modelos de smartwatch para todos os bolsos, desde opções acessíveis até versões premium com sensores avançados. Isso torna a tecnologia uma opção viável para quem deseja melhorar a saúde com ajuda digital.

Não é mágica, é ferramenta

Os autores do estudo deixam claro: o relógio sozinho não faz milagres. No experimento, os melhores resultados vieram de quem combinou o uso do smartwatch com planos personalizados elaborados por profissionais de saúde.

Para quem está começando ou tentando retomar os exercícios, a dica é clara: use a tecnologia a seu favor, mas combine com orientação adequada e metas realistas. Um relógio inteligente pode não levantar peso por você — mas pode ser o incentivo que faltava para levantar do sofá.