
EUA, com chips AMD, roubam a cena nos supercomputadores mais poderosos do planeta em 2025. E o Brasil? Veja a posição atual
A mais recente atualização do TOP500, ranking que lista os supercomputadores mais poderosos do planeta, confirmou o que já se desenhava: os sistemas baseados em chips da AMD dominaram o pódio. Enquanto isso, a China — até pouco tempo líder incontestável — manteve suas novas máquinas sob sigilo, deixando o cenário global ainda mais polarizado.
O novo número 1 é o El Capitan, instalado no Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia. Trata-se de um colosso de mais de 11 milhões de núcleos, construído sobre a plataforma HPE Cray EX255a e equipado com os mais recentes processadores AMD EPYC de 4ª geração e aceleradores AMD Instinct MI300A. No principal teste de performance, o HPL benchmark, o El Capitan atingiu incríveis 1.742 ExaFLOPS.
Quem compõe o Top 5?
Completando o trio americano no pódio, aparecem os já conhecidos Frontier (2º lugar) e Aurora (3º), ambos também localizados em laboratórios do Departamento de Energia dos EUA.
-
O Frontier, do Oak Ridge National Laboratory (Tennessee), alcançou 1.353 ExaFLOPS, utilizando CPUs AMD EPYC de 3ª geração e GPUs Radeon Instinct.
-
Já o Aurora, do Argonne National Laboratory (Illinois), ficou com 1.012 ExaFLOPS, sendo o primeiro sistema de grande escala baseado nos novos Intel Xeon CPU Max e GPUs Ponte Vecchio.
O JUPITER Booster, da Alemanha, foi a única nova entrada no Top 5 nesta edição. O sistema europeu ocupa o 4º lugar com 793,4 PetaFLOPS e representa a estreia da plataforma Nvidia Grace Hopper no pelotão de elite da computação de alta performance.
Fechando a lista, a Microsoft Azure aparece em 5º com o sistema Eagle, que atinge 561 PetaFLOPS rodando sobre processadores Intel Xeon Platinum e GPUs Nvidia H100.
Brasil no pódio latino-americano
O Brasil reafirma sua presença no ranking global com o supercomputador Pégaso, da Petrobras. Ele ocupa a 86ª posição no TOP500, capaz de atingir 21 petaflops teóricos e cerca de 233.856 Rmax (GFlops). Sua eficiência energética é de 42 GFLOPS/W.
Operando com CPUs AMD EPYC e GPUs NVIDIA A100, o Pégaso segue como o supercomputador mais potente da América Latina — um exemplo claro de como investimentos em infraestrutura HPC também impulsionam áreas como inteligência artificial, modelagem climática e simulações no setor energético.
Embora menor em performance bruta (5,1 petaflops), o Santos Dumont, do LNCC, se destaca no ranking Green500, que mede eficiência energética. No último levantamento, o sistema brasileiro ocupa a 52ª posição mundial em eficiência, com desempenho de 14,29 petaflops no benchmark HPL e 45,8 GFLOPS/W.
China segue sem atualizar dados no TOP500
A ausência de novos sistemas chineses na lista oficial pode ser estratégica — parte de uma postura de sigilo em um cenário geopolítico e tecnológico cada vez mais tenso. Com 46 sistemas listados, a China perdeu espaço, enquanto os EUA passaram para 174 instalações — uma clara vantagem quantitativa
Leave A Comment
You must be logged in to post a comment.