
A inteligência artificial pode nos tornar menos egoístas”, diz CEO da DeepMind
A inteligência artificial pode nos tornar menos egoístas”, diz CEO da DeepMind
Demis Hassabis, CEO da Google DeepMind, vê a inteligência artificial não apenas como uma revolução tecnológica, mas como um possível catalisador para mudanças profundas na sociedade. Em entrevista recente à Wired, o executivo compartilhou uma visão otimista sobre o papel da IA no futuro da humanidade — um contraponto interessante às preocupações de outros nomes do setor, como Yoshua Bengio.
“Queremos que esses sistemas tragam maravilhas reais: novas curas, fontes de energia inéditas, avanços que beneficiem a todos”, afirmou. Mas Hassabis também fez um alerta: os primeiros sistemas de IA geral precisam ser construídos com valores seguros e éticos. Caso contrário, as consequências poderão ser graves.
A aposta na inteligência artificial geral
Segundo Hassabis, a DeepMind trabalha com a expectativa de alcançar uma IA geral, capaz de absorver e aplicar todo o conhecimento humano, em um horizonte de cinco a dez anos, com uma probabilidade estimada de 50%. Para ele, o potencial dessa tecnologia é imenso, desde que guiado corretamente.
Um dos pontos que mais entusiasma o CEO é a capacidade da IA de promover soluções de consenso em cenários historicamente marcados por conflitos e desigualdades. “Espero que isso nos torne menos egoístas. A inteligência artificial geral poderá gerar uma abundância radical e, com isso, podemos evoluir nossa mentalidade para uma sociedade de soma não zero”, explicou Hassabis, referindo-se a uma lógica em que todos os participantes se beneficiam coletivamente.
Desbloqueando soluções para crises globais
Entre os desafios mais urgentes que Hassabis vê no horizonte da IA estão questões como a crise climática, a escassez de água e a sustentabilidade global. Embora reconheça que a tecnologia não resolverá esses problemas sozinha, acredita que ela poderá fornecer os caminhos para que a humanidade colabore de forma mais eficaz.
“Como espécie, nunca fomos muito bons em colaborar. Muitos dos nossos habitats naturais estão sendo destruídos porque mudanças exigem sacrifícios, e as pessoas resistem a isso. Mas uma proliferação radical da IA pode ajudar a reformular esse cenário, mostrando que soluções colaborativas são possíveis e vantajosas”, afirmou o executivo.
Uma visão pragmática e ética para o avanço da IA
A fala de Demis Hassabis reforça que, por trás de projetos de grande escala como os da DeepMind, há uma visão de futuro ancorada não só em inovação, mas em responsabilidade ética e impacto social. Para o CEO, o desenvolvimento de IA não é apenas uma corrida por avanços técnicos — é uma oportunidade para repensarmos nossa forma de viver em sociedade.
Se a inteligência artificial poderá de fato nos tornar menos egoístas, como acredita Hassabis, ainda veremos. Mas uma coisa é certa: a forma como escolhemos construir e aplicar essas ferramentas determinará, em grande parte, o futuro que queremos para o planeta.
E a IA, quando será tão inteligente quanto nós?
A visão otimista de Demis Hassabis sobre o papel da IA no futuro da sociedade levanta outra pergunta inevitável: quando, afinal, essa tecnologia atingirá um nível comparável à inteligência humana?
O próprio CEO da DeepMind já compartilhou sua previsão. Segundo o próprio executivo da DeepMind ele aposta em um prazo de até 10 anos.
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