
Como a realidade virtual levou uma paciente com paralisia a um show sem sair do hospital
Como a realidade virtual levou uma paciente com paralisia a um show sem sair do hospital
Em Figueres, na Catalunha, a tecnologia abriu uma janela inesperada para o mundo. Kerry, uma paciente de 50 anos com tetraplegia, vive há oito anos no Hospital Bernat Jaume. Mas recentemente, ela viveu algo fora do comum: assistiu, em tempo real, a um show da banda Lax’n Busto — sem sair da cama.
A responsável por isso? Um par de óculos de realidade virtual com controle ocular integrado, que permitiu a ela acompanhar o espetáculo como se estivesse no local, sentindo cada acorde, cada movimento de luz, cada reação do público.
Uma iniciativa que combina tecnologia e empatia
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A ação faz parte de um projeto piloto promovido pela Generalitat da Catalunha em parceria com a Mobile World Capital Foundation e o centro de pesquisa i2Cat. A ideia é simples, mas poderosa: usar a realidade virtual para ampliar os horizontes sensoriais de pessoas com mobilidade extremamente reduzida.
“A música dá alegria”, contou Kerry, emocionada após a experiência. Antes do acidente que mudou sua vida, ela costumava dançar bachata. Hoje, a música segue sendo seu ponto de conexão com o mundo. Segundo a médica Ester Celda, que acompanha a paciente há anos, “a gente sempre via ela com os fones ligados, curtindo no próprio mundo.”
Tecnologia assistiva como terapia emocional
Para os envolvidos, o impacto do projeto vai muito além da inovação. “Nos enganamos ao pensar que terapias precisam ser sempre complexas”, afirma a médica. “Qualquer pessoa que ama música sabe o quanto ela pode ser terapêutica.”
Pemi Fortuny, vocalista da banda que participou da ação, reforça esse papel emocional: “É um projeto brutal. Eles não só veem o show, como controlam tudo com o olhar.”
As palavras de Kerry resumem bem o efeito da experiência: liberdade. Por alguns minutos, ela não era mais apenas uma paciente no leito. Era uma fã curtindo um show ao vivo.
A ponte entre a realidade virtual e o controle mental
O caso de Kerry mostra como a tecnologia já é capaz de devolver momentos de liberdade para quem vive com severas limitações físicas. Mas e se, em vez de apenas assistir a um show, esses pacientes também pudessem interagir com o mundo real apenas com a mente?
Essa ideia já não pertence mais à ficção científica. Em outra frente igualmente revolucionária, a startup Neuralink, de Elon Musk, permitiu que um paciente tetraplégico controlasse um braço robótico com o pensamento, e foi além: em 2025, um dos voluntários chegou a jogar CS2 apenas com o cérebro.
O que antes parecia um sonho distante está se tornando rotina de laboratório. E talvez, em breve, possa ser o próximo passo para pacientes como Kerry não só assistirem ao mundo, mas participarem dele novamente.
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