As mortes da segunda temporada de The Last of Us: um ciclo de vingança e perdas

A segunda temporada de The Last of Us, exibida pela HBO e finalizada em 25 de maio de 2025, foi uma montanha-russa emocional que chocou os espectadores com mortes impactantes e um final em aberto que promete mais tensão para a terceira temporada.

Embora personagens queridos como Dina, Tommy e Maria tenham sobrevivido, outros não tiveram a mesma sorte. Abaixo, exploramos todas as mortes principais da temporada por ordem de espisódios. Prepare-se, pois há spoilers à frente!

Joel: o assassinato que desencadeia tudo

A morte de Joel (Pedro Pascal) no segundo episódio, intitulado “Through the Valley”, é o ponto de partida para a jornada de vingança de Ellie e um dos momentos mais chocantes da temporada. Abby, movida pelo desejo de vingar a morte de seu pai, um cirurgião dos Vagalumes morto por Joel na primeira temporada, rastreia Joel até Jackson, Wyoming. Após ser salva por ele de uma horda de infectados, Abby o atrai para um chalé onde, com a ajuda de seus amigos do WLF (Frente de Libertação de Washington), o tortura brutalmente com um taco de golfe e o mata na frente de Ellie.

Diferente do jogo, onde a morte de Joel é repentina e sem explicações iniciais, a série dá a Abby um monólogo sobre suas motivações, revelando que ela busca justiça pela destruição dos Vagalumes e pela perda de seu pai. A brutalidade do ato, no entanto, permanece intacta, com Ellie forçada a assistir, impotente, enquanto seu pai adotivo é tirado dela. Essa morte não apenas define o arco narrativo da temporada, mas também estabelece o tom imprevisível e sombrio da história, mostrando que ninguém está seguro.

Nora: a descida de Ellie à escuridão

A primeira vítima direta da cruzada de vingança de Ellie em Seattle é Nora (Tati Gabrielle), uma médica do WLF que participou do assassinato de Joel. No episódio 5, “Feel Her Love”, Ellie rastreia Nora até um hospital e a persegue até um porão infestado de esporos. Já infectada, Nora é brutalmente torturada por Ellie, que usa uma barra de ferro para extrair informações sobre o paradeiro de Abby. A cena, quase idêntica à do jogo, é marcada por uma iluminação vermelha e um enquadramento que destaca a frieza de Ellie, que desce a um novo nível de violência.

Ellie não apenas tortura Nora, mas, como revelado no final da temporada, a deixa para morrer e se transformar em um incubador de esporos, sem oferecer misericórdia. Essa morte marca um ponto de virada para Ellie, mostrando como sua busca por vingança a está transformando em alguém tão cruel quanto aqueles que ela persegue.

Eugene: uma morte que abala a confiança de Ellie

No episódio 6, “The Price”, um flashback revela a morte de Eugene, marido de Gail (Catherine O’Hara), que aprofunda a tensão entre Joel e Ellie. Durante uma patrulha em Jackson, Joel e Ellie encontram Eugene infectado pelo Cordyceps. Ele implora para ser levado de volta à cidade para ouvir as últimas palavras de Gail, e Joel promete a Ellie que cumprirá esse desejo. No entanto, quando Ellie retorna com os cavalos, descobre que Joel matou Eugene, seguindo os protocolos rígidos de Jackson para eliminar infectados.

Essa decisão, embora necessária, reforça a desconfiança de Ellie em relação a Joel, especialmente porque ele já havia mentido sobre os eventos no hospital dos Vagalumes na primeira temporada. A morte de Eugene, embora menos central que as outras, é pivotal para mostrar como as escolhas de Joel, mesmo as justificáveis, corroem sua relação com Ellie e a levam a questionar sua honestidade.

Owen: um tiro em autodefesa

No episódio final, Ellie chega ao aquário onde acredita que Abby está escondida, mas encontra apenas Owen (Spencer Lord) e Mel (Ariela Barer), amigos de Abby e membros do WLF. Owen, ex-namorado de Abby, tenta se defender ao sacar uma arma, mas erra o tiro. Ellie, em resposta, atira e acerta Owen no pescoço, matando-o instantaneamente. Diferente do jogo, onde Owen é baleado no estômago durante uma luta física, a série apresenta sua morte como um ato de autodefesa, mas não menos trágico.

A morte de Owen é um momento crucial, pois intensifica a raiva de Abby contra Ellie, já que Owen era uma figura importante em sua vida. Para Ellie, esse ato, embora não intencional, reforça a espiral de violência que ela não consegue escapar, deixando-a mais perto de confrontar as consequências de suas ações.

Mel e seu bebê: a tragédia acidental

Logo após matar Owen, Ellie percebe que seu tiro também atingiu Mel, que estava grávida. Na série, Mel (Ariela Barer) implora para que Ellie tente salvar seu bebê com uma cesariana, mas Ellie, abalada e sem saber o que fazer, não consegue agir antes que Mel morra. Esse momento é ainda mais perturbador do que no jogo, onde Ellie esfaqueia Mel em autodefesa e só depois descobre que ela estava grávida. A série intensifica o horror ao mostrar Mel consciente de sua morte iminente e do destino de seu bebê.

A morte de Mel e de seu filho não nascido é um golpe devastador para Ellie, especialmente porque ela havia descoberto recentemente que Dina está grávida. O peso da culpa por matar uma mulher grávida e seu bebê a deixa traumatizada, marcando o ponto mais baixo de sua jornada de vingança e forçando-a a questionar até onde está disposta a ir.

Jesse: vítima inocente da violência

A morte de Jesse (Young Mazino) no final da temporada é mais uma injusta e dolorosa. Jesse, ex-namorado de Dina e um membro leal da comunidade de Jackson, só vai a Seattle para resgatar Ellie, Dina e Tommy, sem nenhum interesse pessoal na vingança. No entanto, ele se torna uma vítima colateral quando Abby invade o teatro onde o grupo está escondido. Ao ouvir um tumulto, Jesse corre para ajudar Tommy, que está sendo mantido refém, e é baleado na cabeça por Abby antes que possa reagir.

A morte súbita de Jesse, pai do filho que Dina carrega, é um lembrete cruel do custo humano do ciclo de vingança. Ele não tinha nenhuma ligação direta com o conflito entre Ellie e Abby, mas paga o preço final por estar no lugar errado na hora errada, deixando Ellie e Dina devastadas.

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