Nos anos 2000, isso era ouro para os pirateiros: homem encontra gabinete com 8 gravadores de DVD
Nos anos 2000, isso era ouro para os pirateiros: homem encontra gabinete com 8 gravadores de DVD
Você está caminhando pela rua e se depara com um gabinete estranho, abandonado ao lado do lixo. Ao invés de uma configuração gamer ou uma estação de trabalho, ele traz algo insólito: oito leitores de DVD empilhados verticalmente, uma tela monocromática e quase nenhuma conexão visível, exceto por dois cabos de energia. O que seria isso?
Foi o que aconteceu com um usuário do Reddit, que compartilhou a descoberta com a comunidade do r/pcmasterrace. A pergunta era simples: “O que é isso?” A resposta, imediata e nostálgica, também foi um mergulho no submundo dos anos 2000.
A torre dos sonhos de qualquer pirata digital
O equipamento em questão é uma “DVD duplicator tower”, uma estação de clonagem usada para copiar mídias físicas em massa, sem a necessidade de um computador convencional. No topo, um drive leitor. Abaixo, uma fileira de drives gravadores. No centro, um painel de controle onde se escolhe o que e quantas cópias serão feitas. O funcionamento é direto: você insere um disco original, aperta um botão e assiste a réplica ser multiplicada por sete.
Como destacou um dos comentários mais curtidos:
“Isso era o sonho de qualquer pirata em 2003.”
E não era exagero. Essa estrutura dispensava softwares complicados, não exigia sistema operacional e podia copiar dezenas de DVDs em questão de minutos. Em tempos pré-streaming, era ouro puro.
Vida fora da pirataria
Apesar da associação imediata com a pirataria, nem toda máquina dessas vivia à margem da legalidade. Muitos profissionais de vídeo usavam torres de clonagem para entregar gravações de casamentos, batizados ou eventos corporativos em múltiplas cópias rapidamente. Pequenos estúdios, produtoras independentes e até emissoras de TV também recorriam a esse tipo de solução, antes da popularização dos pen drives e da nuvem.
Mas é claro que a linha entre uso comercial e pirataria era tênue. Era comum ver essas torres sendo usadas por pessoas que baixavam filmes via torrent, queimavam cópias e vendiam no centro da cidade ou no camelô do bairro. Um dos usuários no post comentou que um conhecido ganhava mais vendendo DVDs piratas em um único dia do que com uma semana inteira de vendas legítimas de CDs e DVDs em loja física.
Desapego, reflexo de novos tempos
Com a chegada dos serviços de streaming, do armazenamento em nuvem e da distribuição digital, o mercado de mídias físicas murchou. O que antes era um investimento estratégico para quem precisava distribuir conteúdo, tornou-se sucata digital. Hoje, essas torres são mais lembradas como peça de museu — ou resgatadas por curiosos que tropeçam nelas no meio da rua.
Já usou (ou conheceu alguém que usava) uma torre dessas? A nostalgia bateu aí também?
Leave A Comment
You must be logged in to post a comment.