“Bitcoin é tão inútil quanto ter uma pedra de estimação”, afirma CEO da JPMorgan
“Bitcoin é tão inútil quanto ter uma pedra de estimação”, afirma CEO da JPMorgan
O executivo-chefe do banco de investimento norte-americano JPMorgan, Jamie Dimon, voltou a disparar contra o Bitcoin em uma entrevista recente à CBS. Sem rodeios, classificou a criptomoeda como “um esquema Ponzi” e comparou sua utilidade à de “ter uma pedra de estimação”. Para ele, o ativo digital carece de qualquer valor intrínseco e, pior, estaria frequentemente associado a atividades criminosas, como lavagem de dinheiro, crimes cibernéticos e tráfico sexual.
As críticas não são novidade. Dimon tem se mostrado um dos opositores mais constantes do Bitcoin desde que o assunto ganhou tração no mundo financeiro. Em 2017, chegou a afirmar que demitiria qualquer funcionário do JPMorgan que decidisse negociar a criptomoeda. Agora, reafirma seu ceticismo com ainda mais contundência.
“O Bitcoin não vale nada”
Apesar das críticas, o Bitcoin continua atraindo investidores e atingindo valores impressionantes. No momento da entrevista, a moeda digital superava os 103 mil dólares, impulsionada, entre outros fatores, pelo cenário político dos Estados Unidos e o apoio de figuras como Donald Trump ao mercado cripto.
Esse movimento de valorização, no entanto, não parece convencer Dimon. Para ele, a alta não muda o fato de que o Bitcoin é, em suas palavras, “inútil” e “sem valor real”. Mesmo reconhecendo que o mundo caminha para adotar alguma forma de moeda digital no futuro, o executivo deixa claro que o BTC não é a resposta.
“Vamos acabar tendo uma moeda digital oficial em algum momento”, afirmou. “Não sou contra o conceito de criptoativos, mas o Bitcoin, especificamente, não tem nada de valor.”
Crimes, ransomware e liberdade de escolha
Além da crítica à falta de valor, Dimon também atacou o uso da moeda por agentes mal-intencionados. Citou sua presença frequente em esquemas de ransomware, lavagem de dinheiro e tráfico humano. Comparou a posse da criptomoeda à liberdade de fumar: você até pode fazer isso, mas ele próprio não vê razão para compactuar. Segundo dados da Kaspersky, houve aumento de 135% nas atividades criminosas realizadas na dark web com o objetivo de roubar carteiras de criptomoedas.
“Você tem o direito de comprar ou vender Bitcoin, assim como tem o direito de fumar”, declarou. “Mas isso não significa que seja uma boa ideia.”
Bitcoin: revolução digital ou bolha prestes a estourar?
Criado em 2008 por Satoshi Nakamoto — pseudônimo de uma figura até hoje envolta em mistério — o Bitcoin surgiu como resposta à crise financeira global daquele ano. A proposta era clara: permitir transações peer-to-peer, sem a necessidade de bancos ou intermediários. Para entusiastas, essa liberdade representava uma nova era de autonomia econômica. Para críticos, apenas mais um experimento financeiro com alto potencial destrutivo.
Desde sua primeira transação em 2009, o ativo se tornou protagonista de debates intensos. Enquanto empresas e investidores veem oportunidade de inovação, governos e bancos centrais seguem alertando sobre sua natureza instável e o uso recorrente em atividades ilícitas. Jamie Dimon, com seu histórico de críticas, posiciona-se firmemente nesse segundo grupo.
Qual a sua opinião em relação ao Bitcoin? Comente abaixo.
Leave A Comment
You must be logged in to post a comment.