Setor financeiro lidera ataques cibernéticos no Brasil em 2025, aponta estudo

Setor financeiro lidera ataques cibernéticos no Brasil em 2025, aponta estudo

Levantamento da ISH Tecnologia revela mais de 132 mil tentativas de invasão entre janeiro e março, com destaque para fraudes e golpes de engenharia social

O setor financeiro continua sendo o principal alvo de cibercriminosos no Brasil. Segundoo relatório, 20,18% de todos os ataques registrados no primeiro trimestre de 2025 tiveram como alvo instituições financeiras.

Entre janeiro e março, foram detectadas mais de 132 mil tentativas de invasão, o que equivale a mais de duas por minuto. Os dados reforçam a urgência de medidas robustas de proteção digital em todos os setores da economia.

Setores mais atacados em 2025

A análise mostra uma mudança relevante no panorama: setores como saúde e educação, antes mais frequentes na lista de alvos, agora aparecem atrás de áreas como agronegócio e infraestrutura energética. A explicação, segundo a ISH, está na rápida digitalização desses setores e na constante busca dos cibercriminosos por novas brechas exploráveis.

“O novo ouro”: por que o setor financeiro segue em destaque

De acordo com Kendson Berger, Diretor de Operações de Defesa Cibernética da ISH, o setor financeiro é especialmente visado porque lida com dados altamente sensíveis e transações de valor elevado, o que atrai criminosos que visam fraudes, roubos de identidade e outras formas de extorsão.

“Fraudes e golpes são facilitados quando informações financeiras são comprometidas. É por isso que o setor se mantém no topo da lista de alvos há dois anos consecutivos”, afirma Berger.

Cresce o uso de engenharia social

Um dos pontos de alerta do estudo é a alta nos ataques de engenharia social, como phishing personalizado e spear phishing, que exploram falhas humanas em vez de técnicas.

Mesmo com o aumento dos investimentos em infraestrutura digital, a falta de treinamento dos colaboradores segue sendo uma vulnerabilidade significativa.

Berger ressalta que campanhas de conscientização e simulações regulares de ataques são essenciais para reduzir os riscos:

“As empresas precisam integrar o fator humano às estratégias de defesa. Treinamentos constantes são fundamentais para criar uma cultura de cibersegurança”, diz o especialista.

Cenário exige abordagem proativa

A ISH defende que planos de segurança cibernética bem estruturados e proativos são hoje indispensáveis — especialmente diante de um cenário com tentativas de invasão ocorrendo diariamente em empresas de todos os portes.

Com os dados sendo considerados o “novo ouro” da era digital, proteger essas informações vai muito além da TI: trata-se de um ativo estratégico e crítico para a sobrevivência de qualquer negócio.

Leave A Comment

You must be logged in to post a comment.

Back to Top