“Oi, sou o Musk. Quer ser meu amigo?”: Semáforos hackeados reproduzem vozes de Elon Musk e Zuckerberg

“Oi, sou o Musk. Quer ser meu amigo?”: Semáforos hackeados reproduzem vozes de Elon Musk e Zuckerberg

Silicon Valley, coração da indústria tech dos EUA, foi palco de uma situação inusitada nos últimos dias. Em cidades como Palo Alto, Redwood City e Menlo Park, alguns semáforos para pedestres começaram a emitir mensagens de voz nada convencionais, e com vozes familiares.

Os equipamentos, usados principalmente por pessoas com deficiência visual, passaram a tocar áudios clonados de figuras como Elon Musk (Tesla, SpaceX, X) e Mark Zuckerberg (Meta). As mensagens, carregadas de ironia e críticas sociais, viralizaram nas redes sociais.

O que os “semáforos falantes” estão dizendo?

@rosecampau our crosswalks just got vc funding apparently #paloalto #elonmusk #tesla #siliconvalley #walkablecities ♬ original sound – rose

Aparentemente, alguém invadiu o sistema de áudio desses semáforos e programou frases que imitam perfeitamente o estilo e a voz dos dois executivos. E não são mensagens genéricas.

Um dos áudios atribuídos a Zuckerberg dizia:

“É normal se sentir desconfortável enquanto forçamos a IA em todos os aspectos da sua consciência. Mas não se preocupe, não há absolutamente nada que você possa fazer para impedir.”

Já a mensagem com a voz de Elon Musk brincava:

“Dizem que dinheiro não compra felicidade… Acho que é verdade. Deus sabe o quanto eu tentei. Mas ele compra um Cybertruck, e isso é bem legal, né?”

E logo em seguida, a voz lamentava:

“Cara… tô tão sozinho.”

Reações nas ruas e nas redes

Vídeos compartilhados no TikTok e Instagram mostram pedestres rindo, ou confusos, ao ouvir frases como:

“Oi, sou o Musk. Quer ser meu amigo? Te dou um Cybertruck, juro!”

ou ainda uma mais ácida, supostamente de Zuckerberg:

“Obrigado por nos ajudar a tornar o mundo menos seguro para a comunidade LGBTQIA+.”

Os áudios são reproduzidos junto com as instruções normais de travessia, o que, até o momento, não afetou a função original de acessibilidade. Mas as autoridades ainda estão apurando se há algum comprometimento funcional.

Como isso foi possível?

 

Ainda não se sabe quem está por trás do ataque, mas especialistas em segurança apontam um possível ponto fraco: muitos desses dispositivos são instalados com senhas padrão de fábrica — que raramente são alteradas. Ou seja, basta saber o modelo e a senha original para ter acesso ao sistema.

O hacker e pesquisador Deviant Ollam já havia alertado sobre isso em vídeos anteriores, mostrando como diversos equipamentos urbanos ainda carregam falhas básicas de segurança.

Autoridades já iniciaram a investigação

Cidades como Redwood City e Palo Alto confirmaram oficialmente o problema e iniciaram investigações. Em alguns cruzamentos, os sistemas foram desativados temporariamente para evitar novas ocorrências.

A fabricante dos equipamentos, a Polara, ainda não se pronunciou publicamente.

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