Zuckerberg tenta evitar julgamento com oferta bilionária à Comissão Federal de Comércio

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, está enfrentando um importante julgamento antitruste que pode forçá-lo a vender o Instagram e o WhatsApp. A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) acusa a empresa de ter adquirido essas plataformas em 2012 e 2014 para eliminar a concorrência no mercado de redes sociais.

Segundo informações do The Wall Street Journal, Zuckerberg tentou evitar o processo judicial com ofertas financeiras. Inicialmente, propôs US$ 450 milhões para resolver o caso, valor muito inferior aos US$ 30 bilhões exigidos pela comissão. Após a recusa, chegou a aumentar a proposta para cerca de US$ 1 bilhão, mas sem sucesso.

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O empresário parece contar com o apoio do presidente Donald Trump, com quem tem se aproximado nos últimos meses. Em março deste ano, Trump demitiu dois comissários do órgão responsável pelas investigações, demonstrando possível alinhamento com os interesses da inteligência artificial e das grandes empresas de tecnologia.

A própria comissão havia aprovado as aquisições do Instagram e WhatsApp na época em que ocorreram, mas agora se comprometeu a examinar se os processos seguiram corretamente as regras antitruste. Um dos elementos que pode complicar a defesa de Zuckerberg são e-mails nos quais ele teria afirmado que “é melhor comprar do que competir” – frase que a equipe jurídica da Meta argumenta não ser relevante para o caso.

A defesa da Meta sustenta que os usuários do Instagram tiveram uma experiência melhor desde a aquisição pela empresa e demonstra confiança na vitória judicial. O julgamento, que teve início nesta semana com o depoimento do próprio Zuckerberg, deve se estender por várias semanas.

O caso representa um dos maiores desafios à estrutura corporativa da Meta e pode redefinir o futuro de algumas das plataformas de mídias sociais mais populares do mundo. A decisão terá impacto significativo não apenas para a empresa, mas para todo o setor de tecnologia.

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