Cancelar seu Game Pass? Entenda o boicote que a Microsoft está sofrendo por parte do BDS

Cancelar seu Game Pass? Entenda o boicote que a Microsoft está sofrendo por parte do BDS

Você já parou para pensar no impacto que suas escolhas tecnológicas podem ter no mundo? O movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), liderado pelo Comitê Nacional Palestino (BNC), está chamando a atenção para isso ao colocar a Microsoft no topo da sua lista de alvos prioritários.

O motivo? A gigante da tecnologia estaria envolvida no suporte ao que o BDS chama de regime de apartheid e genocídio de Israel contra os palestinos, especialmente por meio de suas ferramentas de inteligência artificial e serviços em nuvem, como o Azure. Vamos entender essa história e o que ela significa para nós, consumidores.

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Por que a Microsoft virou alvo?

Microsoft | BDS Movement

Tudo começou a ganhar força com uma campanha interna chamada “No Azure for Apartheid” (Sem Azure para o Apartheid), criada por funcionários da própria Microsoft. Eles acusam a empresa de fornecer tecnologia essencial para as operações militares de Israel, que, segundo o movimento, têm resultado em mais de 50 mil mortes de palestinos desde outubro de 2023. O Azure, plataforma de computação em nuvem da Microsoft, e suas soluções de IA estariam sendo usados para acelerar ações que o BDS classifica como crimes de guerra, como vigilância em massa e ataques automatizados em Gaza.

Dois ex-funcionários, Abdo Mohamed e Hossam Nasr, foram peças-chave nesse grito de alerta. Após organizarem um protesto em 2024 na sede da empresa em Redmond, Washington, para homenagear as vítimas palestinas, ambos foram demitidos. Mas isso só aumentou a determinação deles. Mohamed chegou a dizer que a Microsoft “escolheu lucrar com sistemas de apartheid e genocídio”, ignorando compromissos com direitos humanos e silenciando vozes internas que pedem mudança. Já Nasr foi ainda mais direto: “Nuvem e IA são as armas do século XXI, e a Microsoft virou uma fabricante de armas para um regime genocida.”

O BDS aponta que essa relação não é nova. Há 34 anos, a Microsoft colabora com Israel, inclusive com seu sistema prisional e militar. Curiosamente, nos anos 1980, a empresa tomou a decisão ética de boicotar a África do Sul por causa do apartheid. Hoje, o movimento questiona: por que não fazer o mesmo com Israel?

O que o BDS quer que você faça?

O plano do BDS é simples, mas exige ação direta dos consumidores. Eles pedem três passos concretos para quem quer se juntar ao boicote:

  1. Cancele sua assinatura do Xbox Game Pass: Nada de renovar aquele plano mensal para jogar online.
  2. Diga não a jogos como Minecraft, Call of Duty e Candy Crush: Esses títulos icônicos pertencem à Microsoft, e o pedido é para evitar jogá-los ou comprar expansões.
  3. Evite produtos gamer da Microsoft: Isso inclui consoles Xbox, acessórios como headsets e controles, e qualquer jogo lançado por estúdios da empresa, como Bethesda e Activision Blizzard.

Se você já tem um Xbox ou esses jogos, a ideia principal é não gastar mais um centavo com eles. Parar de jogar seria o ideal, mas o foco é cortar o fluxo de receita da Microsoft. E o Teams, aquele app que muita gente usa no trabalho? Mohamed brincou que o boicote vale para tudo, mas duvida que alguém use o Teams por vontade própria, dando um toque de humor em meio a uma crítica séria.

Tecnologia como arma: o que está em jogo

CAMPAIGNS | BDS Movement

 

O que torna essa questão tão pesada é o papel da tecnologia no conflito. Segundo o BDS, os serviços de nuvem e IA da Microsoft não são só ferramentas de produtividade; eles se tornaram parte de uma máquina de guerra. Bella Jacobs, coordenadora de campanhas de tecnologia do BNC, resume bem: “É hora de responsabilizar a Microsoft por 34 anos apoiando o apartheid israelense e vendendo IA para o genocídio em Gaza.” Para o movimento, boicotar a empresa é uma forma de solidariedade aos palestinos e um passo para garantir que a tecnologia não seja usada para oprimir.

Hossam Nasr reforça essa visão ao comparar a Microsoft a uma fabricante de armas moderna. Ele argumenta que o Azure e a IA são tão cruciais para as operações militares de Israel quanto munições físicas, ajudando a automatizar e acelerar ações que devastam vidas.

E agora, o que você acha?

Esse boicote não é só sobre games ou softwares; é sobre o que a tecnologia representa no mundo hoje. A Microsoft, que já foi símbolo de inovação com o Windows e o Xbox, agora enfrenta um dilema ético que vai além dos lucros. Para o BDS, cada assinatura cancelada ou compra evitada é um recado: queremos um futuro onde a tecnologia sirva às pessoas, não à destruição.

Você já tinha ouvido falar disso? Pensa em aderir ao boicote ou acha que a situação é mais complicada do que parece? Deixa sua opinião nos comentários e vamos conversar sobre como nossas escolhas digitais podem, sim, fazer diferença!

Fonte: dropsitenews

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