6 gêneros de jogos que marcaram época, mas os estúdios AAA deixaram para trás

6 gêneros de jogos que marcaram época, mas os estúdios AAA deixaram para trás

Os videogames já foram brincadeiras de nicho, restritos a fliperamas barulhentos e salas de informática nas faculdades. Hoje, são uma indústria que deixa cinema e música no chinelo em faturamento. Essa evolução veio rápido, impulsionada por avanços tecnológicos e mudanças no gosto do público, mas nem todos os gêneros sobreviveram à corrida.

Enquanto estúdios independentes ainda resgatam algumas dessas ideias com carinho, os grandes estúdios AAA, aqueles com orçamentos milionários, parecem ter virado a página. Vamos dar uma olhada em seis gêneros que já foram febre, mas que hoje raramente aparecem nas prateleiras das gigantes do mercado.

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  1. Tiro side-scrolling (Run-and-Gun)

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Nos anos 80 e 90, quem não curtia correr e atirar ao mesmo tempo em jogos como Contra, Metal Slug ou Robocop? Esses jogos de tiro com deslocamento lateral, os chamados “run-and-gun”, dominavam os arcades e os consoles de 16 bits. Você controlava um personagem que atravessava cenários 2D, metralhando inimigos e enfrentando chefes gigantescos, tudo com uma vibe frenética e descomplicada.

A chegada dos gráficos 3D, porém, mudou o jogo: o gênero foi perdendo espaço para experiências mais amplas e acabou se transformando em algo diferente, como os “bullet hell”. Hoje, só os indies, como Cuphead, mantêm essa chama acesa – os AAA já pularam fora.

  1. Jogos de stealth de grande orçamento

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Esconder-se nas sombras, planejar cada passo e usar gadgets incríveis: os jogos de stealth como Metal Gear Solid 2, Splinter Cell: Double Agent e Tenchu eram o auge entre 1998 e 2016. Inspirados no pega-esconde da infância, eles traziam histórias envolventes e uma tensão única ao te fazer evitar guardas armados até os dentes.

Mas aí vieram os mundos abertos, e a furtividade virou só um extra opcional em jogos maiores. Para os estúdios AAA, o ritmo lento e meticuloso do stealth puro ficou difícil de vender frente à ação explosiva que enche os olhos, e os cofres. Enquanto indies ainda exploram o gênero, as grandes séries parecem ter pendurado seus binóculos.

  1. Rail shooters

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Já imaginou pilotar uma nave ou atirar em tudo que aparece sem se preocupar com o caminho? Os “rail shooters” como Time Crisis, Star Fox e até Pokémon Snap entregavam isso nos anos 80 e 90. Você seguia um trajeto fixo, focado só em mirar e disparar, ou fotografar, no caso do Snap.

Era diversão pura com pistolas de luz ou joysticks, mas os gráficos 3D e a busca por liberdade nos jogos jogaram esse gênero no canto. Houve uma breve volta com controles de movimento no Wii, mas os estúdios AAA logo perderam o interesse. Hoje, alguns indies como Ex-Zodiac tentam, mas as grandes empresas não olham mais pra trás.

  1. Aventuras point-and-click

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Antes dos “walking simulators”, os jogos de aventura “point-and-click” reinavam nos PCs entre 1987 e 2000, com clássicos como Monkey Island e Grim Fandango. Eram quebra-cabeças inteligentes, diálogos afiados e histórias que te faziam pensar fora da caixa, uma revolução na narrativa interativa.

Teve até um revival entre 2012 e 2015 com The Walking Dead da Telltale, mas já com menos foco em puzzles e mais em escolhas rápidas. A ascensão dos jogos de ação 3D e a impaciência com enigmas complexos empurraram o gênero pra fora do radar dos AAA. Hoje, títulos como Thimbleweed Park mostram que ainda há público, mas não no nível dos grandes orçamentos.

  1. Jogos de ritmo com instrumentos de plástico

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Entre 2005 e 2010, o mundo virou um palco com Guitar Hero, Rock Band e DJ Hero. Esses jogos de ritmo transformavam guitarras e baterias de plástico em ferramentas para você se sentir uma estrela do rock, tocando hits com os amigos. Guitar Hero 3 até quebrou a barreira do bilhão de dólares em vendas!

Mas a festa acabou rápido: o mercado ficou saturado, os custos com licenças de músicas explodiram e a crise econômica de 2007-2008 deixou os jogadores sem grana pra mais periféricos. Os estúdios AAA guardaram os instrumentos e seguiram em frente, deixando saudades daquela vibe de show particular. Hoje a única exceção nesse caso é o modo Festival do Fortnite, que traz essa nostalgia de volta, mas de forma mais sutil, ficando escondido atrás dos modos mais populares do jogo.

  1. Jogos de plataforma 3D com colecionáveis

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Nos anos 90, pular entre plataformas e coletar centenas de itens em mundos coloridos era o sonho de todo jogador. Jogos como Banjo-Kazooie, Spyro the Dragon e Super Mario 64 marcaram a transição do 2D pro 3D com um sucesso estrondoso, criando mundos que moldaram o futuro dos games.

Só que, com o tempo, os gráficos ficaram mais realistas, os mundos cresceram e o público pediu histórias mais adultas. A chegada de Grand Theft Auto 3 em 2001 jogou os “collectathons” no canto, tachados de infantis. Curiosamente, Astro Bot no PS5 mostra que o gênero ainda tem fôlego, mas os estúdios AAA parecem ter esquecido essa alegria simples.

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