Remover marca d’água com IA? Testamos a nova ferramenta do Google ; veja o resultado
Remover marca d’água com IA? Testamos a nova ferramenta do Google ; veja o resultado
No final de janeiro, o Google liberou para todos os usuários o Gemini 2.0, que vem chamando atenção pela sua capacidade de executar tarefas avançadas — entre elas, a remoção de marcas d’água de fotos. Um recurso que, sem dúvida, incomoda há tempos os grandes bancos de imagens pagos.
Embora a funcionalidade em si não seja exatamente nova, o que o Google e outras Big Techs estão promovendo nessa corrida pela IA é a integração de diversas ferramentas em um único ambiente. A ideia é oferecer uma pluralidade de recursos capaz de convencer o usuário a escolher determinado serviço em vez da concorrência — especialmente quando o custo de uma assinatura pesa na decisão.
Além da variedade de funções, esses serviços também apostam na facilidade de uso. Recursos como a remoção de marcas d’água são entregues em poucos cliques, de forma acessível até para quem não tem experiência técnica.
Mas, afinal, o recurso é realmente eficaz? Eu testei essa nova função do Gemini e agora compartilho com você o resultado. Vamos nessa!
Como usar o Gemini 2.0 para remover a marca dágua de imagens?
Para ativar esse recurso, precisamos utilizar o modelo de treinamento que o Google chama de Gemini 2.0 Flash. Como explica a empresa em seu site oficial, esse modelo baseia-se no 1.5 Flash, mas promove inúmeras melhorias, como o dobro da velocidade.
“O 2.0 Flash também vem com novos recursos. Além de suportar entradas multimodais como imagens, vídeo e áudio, o 2.0 Flash agora suporta saídas multimodais, como imagens geradas nativamente misturadas com texto e áudio multilíngue de texto para fala (TTS)”.
Para acessá-lo, recomendo duas maneiras. A primeira delas é através deste link, que direciona ao Google AI Studio, ou por essa página no Hugging Face, que já vai direto ao ponto.
Para esse exemplo, até para compreender um pouco melhor o ambiente do próprio Google, irei utilizar o acesso via AI Studio. Após fazer login com sua conta Google, essa será a interface de interação:
Como estamos lidando com a parte generativa voltada pra imagens, será necessário fazer uma alteração na seção modelos. Mude de Gemini 2.0 Flash para Gemini 2.0 Flash (Image Generation) Experimental, para que o formato de saída suporte tanto conteúdos em texto quanto em imagens.
Para este teste inicial, usei como base imagens geradas pelo site Piclumen. Pedi como referência uma imagem de um Viking em estilo 3D Blender. Agora, vamos observar como a IA do Google se comporta na remoção da marca d’água dessa imagem.
Clicando no botão com o símbolo de “+” e, em seguida, em “Upload Image”, fiz o upload da primeira imagem no AI Studio.
Em seguida, inseri um prompt para que a IA entenda o que estou buscando: a remoção da marca d’água da imagem. Depois clique em “Run”
O resultado foi o seguinte:
Bom, realmente a ferramenta foi eficaz para a remoção da marca d’água, mas isso veio acompanhado de modificações severas na imagem, e também uma queda considerável na resolução final. Dependendo da onde a imagem será utilizada, esse arquivo não serviria, ou precisaria passar por algum upscalling.
Para um segundo exemplo eu tentei com uma imagem real, vinda de um banco de fotos. Vamos observar agora como a IA do Google lida na remoção de um conteúdo que realmente é realista, e não de uma imagem gerada por um modelo de IA.
Para esse exemplo, usei uma foto icônica do Bill Gates dos anos 80, segurando disquetes do Windows. Essa foto foi capturada por Deborah Feingold e pode ser encontrada neste link no Getty Image.
Novamente, a ferramenta cumpriu a tarefa de remover a marca d’água, mas o resultado foi ainda mais catastrófico. Além de deformações, até o quadro na parede foi junto.
Também é importante destacar que, além da remoção da marca d´água inicial,o Gemini inclui uma nova marcação, um símbolo no canto da imagem, basicamente uma nova marca d’água, mas é possível usar a própria ferramenta como um macete para a remoção posterior, via corte.
No exemplo abaixo pedi para que a marca d’água fosse removida e que uma barra inferior de 155 pixels fosse acrescentada. O logo do Gemini ficou dentro da barra, agora é só cortar a imagem, removendo a área da barra.
Dessa vez, até que o resultado da remoção da watermark foi interessante!
Nas redes sociais é possível encontrar alguns outros exemplos que mostram que, dependendo do caso, o resultado pode ser mesmo eficaz.
No way this lasts…
Google Gemini 2.0 Flash can remove watermarks
6 wild examples: pic.twitter.com/lyoRRESlHr
— Min Choi (@minchoi) March 17, 2025
No entanto, ainda é, assim como o nome do modelo de IA usado para a tarefa, algo bem “experimental”, e que acaba não valendo a pena pelo que entrega, mas o recurso deve avançar e apresentar melhorias ao longo dos meses seguintes.
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