Tesla é chamado de “Swasticar” em campanha contra Elon Musk em Londres

Uma campanha contra Elon Musk tem gerado polêmica nas redes sociais, com vídeos e imagens de um outdoor com o nome “Swasticar” e uma foto do empresário que captura o momento em que ele fez uma saudação que foi associada a um gesto nazista.

O cartaz, que traz o texto “Vai de 0 a 1939 em 3 segundos. Tesla, o swasticar”, rapidamente se espalhou, atraindo milhões de visualizações em questão de horas em plataformas como Tik Tok e Instagram. O nome “Swasticar” faz um trocadilho entre a palavra inglesa “swastika” (suástica) e “car” (carro), associando a Tesla a um símbolo polêmico.

A conta por trás da campanha

A conta responsável pela postagem, @everyonehateselon, que se traduz como “todo mundo odeia Elon”, compartilhou o vídeo mostrando o momento em que uma pessoa instala o anúncio na estação de ônibus Pollard Row, localizada em Londres. A localização foi confirmada através de uma pesquisa no Google Maps.

 

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Uma publicação compartilhada por Everyone Hates Elon (@everyonehateselon_)

A ação faz parte de uma campanha maior chamada “Don’t Buy A Swasticar”, promovida pela organização britânica sem fins lucrativos People vs Profiteers. Segundo informações no site da campanha, a organização busca denunciar o suposto apoio de Elon Musk à extrema direita, não só nos Estados Unidos, mas também no Reino Unido e na Europa.

A mensagem central do movimento é de que Musk está “envenenando” a política global e que não se pode permitir que o homem mais rico do mundo continue a influenciar o cenário político de maneira negativa.

Resposta Oficial da Transport for London (TFL)

Em resposta ao Newtral, a Transport for London (TFL), entidade responsável pelos transportes públicos da capital britânica, negou qualquer envolvimento com o anúncio, garantindo que ele não foi autorizado. Em um comunicado, a TFL afirmou que o cartaz foi colocado ilegalmente e que equipes já foram instruídas a removê-lo da rede de transportes.

Crise de imagem de Musk já afeta consumidores da Tesla

Como já mostramos aqui, a grande crise de imagem que Elon Musk enfrenta atualmente já reflete em consumidores que apenas resolveram comprar um Tesla e que, não necessariamente, apoiam diretamente todas as atitudes ou posicionamentos públicos de Musk. Alguns veículos já foram vandalizados com pichações e até mesmo uma concessionária da marca foi alvo de tiros recentemente.

Para a marca o cenário também não é muito animador. Até agora, as ações da Tesla sofreram uma queda de cerca de 30% em 2025, refletindo a perda de confiança dos investidores.

Um exemplo claro disso é a redução da meta de preço do Bank of America (BofA) para as ações da Tesla, de US$ 490 para US$ 380, citando dificuldades de produção, incertezas comerciais e o aumento da concorrência no setor. Em 2024, o preço de fechamento das ações foi de US$ 403,84, enquanto, em 5 de março de 2025, as ações estavam cotadas a apenas US$ 279,10.

Esse declínio não se limita às ações, mas também reflete-se nas vendas em mercados cruciais. Na Europa, especialmente na Espanha, a Tesla viu uma queda alarmante de 43% nas vendas nos primeiros dois meses de 2025, o que destaca a crescente competição, particularmente de marcas chinesas, como a BYD.

Especialistas já alertam que a Tesla corre o risco de perder sua posição de liderança no setor de veículos elétricos. A empresa precisará se adaptar rapidamente a um mercado mais competitivo, diversificando sua oferta de modelos e tornando seus veículos mais acessíveis.

Vale lembrar também que a Tesla já projeta um futuro que vá além dos automóveis, a empresa é uma das que tem investido pesado em robôs. Elon Musk já chegou a afirmar que o robô humanoide da companhia, o Optimus, será a babá do futuro.

No entanto, a China promete incomodar Musk e a Tesla também neste segmento. O país asiático está investindo pesado no desenvolvimento de robôs humanoides. O A2 da Agibot é uma das opções que mais tem chamado a atenção.