TSMC investe US$ 48,5 bilhões em chips de 1,4 nm

TSMC investe US$ 48,5 bilhões em chips de 1,4 nm

A TSMC iniciou a construção da Fab 25 em Taichung, Taiwan marcando o começo de uma das maiores apostas tecnológicas da história. O investimento de US$ 49 bilhões em uma fábrica dedicada aos processadores de 1,4 nanômetro (A14) sinaliza a intenção da gigante taiwanesa de consolidar sua hegemonia na corrida por chips de inteligência artificial.

O salto tecnológico

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Os chips A14 da TSMC prometem ganhos significativos. A arquitetura oferece 15% mais desempenho mantendo o mesmo consumo de energia, ou alternativamente 30% menos consumo sem perder performance. A densidade lógica salta 20%, permitindo mais transistores no mesmo espaço físico.​

O NanoFlex Pro, uma tecnologia de transistor aprimorada, foi otimizada especificamente para aceleradores de IA, processadores de data center e dispositivos móveis topo de linha. Para data centers globais, a redução no consumo de energia traduz-se em economia operacional e sustentabilidade.

Cronograma e estrutura

A Fab 25 será composta por quatro plantas diferentes, cada uma edificada para engenharia de ponta. A produção de teste iniciará no final de 2027, com produção em massa prevista para o segundo semestre de 2028.​

O custo por wafer (peça bruta de silício) estima-se em US$ 45 mil ou superior, refletindo a complexidade extrema do processo de fabricação.

Impacto econômico e geopolítico

A construção da Fab 25 criará entre 8 mil a 10 mil novos empregos em Taiwan, reforçando a posição da ilha como epicentro inegável da manufatura de semicondutores avançados.​

Apesar de operações nos Estados Unidos e Japão, a TSMC deixa evidente que Taiwan segue sendo o coração da inovação em tecnologia de ponta. A aposta sinaliza confiança na estabilidade da região e na necessidade de manter capacidade de produção concentrada.

Consequências globais

Para gigantes de IA como OpenAI, Google, Meta e Amazon, para fabricantes de smartphones e para fornecedores de cloud computing, o cenário é claro: quem não tiver acesso aos chips 1,4 nm da TSMC a partir de 2028 ficará significativamente atrás na corrida tecnológica.​

A aposta de US$ 49 bilhões não é exagerada. É matemática industrial pura em tempos de supremacia em inteligência artificial.

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