Há 11 anos, Elon Musk disse o que realmente contribuiu para seu sucesso

Há 11 anos, Elon Musk disse o que realmente contribuiu para seu sucesso

Em 2014, no seu discurso para os formandos da Marshall School of Business da University of Southern California (USC), Elon Musk revelou uma filosofia que vai muito além do esforço comum: trabalhar com intensidade máxima cada hora acordada.

A rotina radical no início

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Musk compartilhou que seu primeiro empreendimento com o irmão Kimbal foi a Zip2, uma startup criada em 1995 que desenvolveu um software para orientar jornais no uso de guias e diretórios de empresas online.

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Ainda nos primeiros meses, eles não tinham dinheiro para aluguel e acabaram morando no próprio escritório, dividindo um sofá antigo e usando as instalações do YMCA — uma associação comunitária nascida nos EUA que oferece, entre outros serviços, banheiros e chuveiros públicos — para se manterem limpos.

Nesta rotina exaustiva, Musk explicou: “Nós tínhamos apenas um computador. Durante o dia, o site funcionava e à noite eu ficava programando. Trabalhamos sete dias por semana, o tempo todo.” Essa imersão absoluta tinha um propósito claro: cada hora trabalhada era produtiva e somada ao progresso do negócio. Ele afirmou que trabalhar 100 horas semanais, por exemplo, produz o dobro do que alguém que trabalhe 50 horas, o que, no cálculo anual, faz toda a diferença para acelerar o sucesso.

Atrair as melhores pessoas e focar no produto

Outro ponto central do discurso foi a importância de reunir talentos excepcionais para transformar uma ideia em resultado. “A empresa é um grupo de pessoas reunidas para criar um produto ou serviço. O nível de sucesso depende da qualidade e do foco desse time,” destacou Musk.

Ele também reforçou a necessidade de priorizar recursos no desenvolvimento do produto ao invés de gastar em publicidade. Na Tesla, por exemplo, quase nada é investido em marketing. “Todo o dinheiro vai para pesquisa, desenvolvimento, design e manufatura, para garantir que o carro seja o melhor possível,” afirmou.

Pensar pelas bases e tomar riscos

Musk recomendou aos jovens que adotem uma visão baseada em “primeiros princípios” — isso é, decompor problemas complexos até o que é fundamental para encontrar soluções inovadoras, ao invés de seguir o senso comum.

Além disso, ele incentivou que aproveitem a fase da vida em que têm menos obrigações para se arriscar. “Antes de ter filhos ou obrigações maiores, este é o momento de ousar, de tomar riscos grandes,” aconselhou.

O cerne do discurso foi a mensagem para que os futuros empreendedores trabalhem com dedicação total. “Eu trabalho duro, cada hora em que estou acordado,” reforçou Musk. Essa mentalidade, aliada à escolha de uma equipe brilhante e foco absoluto no produto, é o pilar que, segundo ele, faz a diferença real no sucesso.

O salto de 2014 para 2025

Em 2014, Musk era CEO da Tesla e da SpaceX, já uma figura notória por suas ideias audaciosas, mas ainda longe do auge financeiro que alcançaria anos depois. Naquela época, a Tesla estava consolidando modelos como o Model S e investindo fortemente no desenvolvimento do Model 3, um carro elétrico mais acessível que viria a revolucionar a indústria automotiva. A SpaceX avançava no desenvolvimento de foguetes reutilizáveis, ameaçando mudar para sempre os custos e a frequência das viagens espaciais.

De lá para cá, a trajetória foi vertiginosa. Musk ampliou seu império para incluir empresas como Neuralink, que trabalha em interfaces cérebro-máquina, e xAI, no campo da inteligência artificial. A compra do Twitter, que virou X, também marcou sua presença em redes sociais, reforçando o alcance de sua influência. Além de seus empreendimentos empresariais, Musk teve uma breve passagem pelo governo dos Estados Unidos, acumulando inúmeras polêmicas no percurso.

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No patamar financeiro, Musk tornou-se em 2025 a primeira pessoa da história a atingir um patrimônio líquido superior a US$ 500 bilhões. Recentemente, a Tesla aprovou um pacote de remuneração que pode levá-lo a receber até US$ 1 trilhão se cumprir metas ousadas — incluindo entregar 20 milhões de veículos por ano, lançar um milhão de robotáxis e vender um milhão de robôs humanoides. Esse pacote pode lhe tornar o primeiro trilionário do mundo, um marco inédito que reflete sua ambição sem limites.

Elon Musk mantém um ritmo de trabalho extraordinariamente intenso. Ele declarou que retomou a rotina de “trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana”, chegando a dormir em salas de conferência, servidores e até nas fábricas das suas empresas. Ele explicou estar totalmente focado em projetos críticos, como o desenvolvimento da xAI, a Tesla e o lançamento da Starship.

Musk chegou a afirmar que trabalha até 120 horas por semana, o equivalente a mais de 17 horas diárias, dizendo que essa dedicação faz toda a diferença para ultrapassar concorrentes que se limitam a jornadas de 40 horas. “É por isso que eles perdem tão rápido,” disse em mensagens públicas. Essa rotina extrema, embora não recomendada para a maioria, faz parte do que ele considera necessário para liderar a inovação em múltiplos setores simultaneamente.

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No entanto, Musk também já reconheceu os efeitos dessa intensidade. Ele já admitiu que trabalhar demais machuca seu cérebro e seu coração, e que nem sempre é sustentável. Ainda assim, ele insiste que quando está no auge dos projetos precisa manter esse nível, dormindo pouco e sacrificando lazer e até convívio familiar.

Paralelamente, Musk projeta um futuro onde a automação, robôs humanoides e inteligência artificial eliminarão tarefas repetitivas e perigosas. “Trabalhar será opcional”, prevê ele, abrindo espaço para que as pessoas escolham se dedicar a paixões ou atividades criativas em vez de jornadas obrigatórias.

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