Qualcomm anuncia aceleradores de IA AI200 e AI250 para competir com NVIDIA em data centers

A Qualcomm acaba de entrar oficialmente na briga pelos data centers de inteligência artificial. A fabricante conhecida pelos processadores Snapdragon apresentou suas primeiras soluções dedicadas a esse mercado: as plataformas AI200 e AI250, que prometem desafiar gigantes como NVIDIA e AMD com um argumento poderoso — custo operacional mais baixo.

O que há de novo nas plataformas da Qualcomm

As novas soluções utilizam NPUs (Neural Processing Units) baseadas na arquitetura Qualcomm Hexagon, adaptadas especialmente para processamento de IA em larga escala. O destaque técnico fica por conta da memória: cada cartão de expansão pode equipar até 768 GB, volume essencial para rodar modelos de linguagem grandes (LLMs) sem gargalos de performance.

Ambas as plataformas operam com consumo energético de até 160 kW e dependem de refrigeração líquida para manter as temperaturas sob controle — configuração típica de infraestruturas enterprise voltadas para cargas de trabalho intensivas.

Foco em inferência e eficiência energética

A Qualcomm posicionou seus aceleradores para trabalhar com modelos já treinados, ou seja, na etapa de inferência — quando a IA processa solicitações reais de usuários. Essa escolha estratégica difere do caminho de concorrentes focados no treinamento de modelos, que exige hardware ainda mais robusto.

A aposta da empresa está na relação custo-benefício. Segundo a fabricante, suas soluções consomem menos energia por tarefa executada, o que pode representar economia significativa em data centers que processam milhões de requisições diárias.

Quando chegam ao mercado

A AI200 deve estrear em 2026, enquanto a versão mais potente, AI250, está programada para o início de 2027. A Qualcomm ainda não divulgou especificações técnicas completas nem parcerias confirmadas com provedores de nuvem, mas a expectativa é que esses detalhes surjam nos próximos meses.

Com essa entrada, a empresa soma-se ao grupo de fabricantes que veem nos aceleradores de IA uma oportunidade de crescimento estratégico — especialmente à medida que serviços como ChatGPT, Gemini e Claude expandem suas demandas por infraestrutura dedicada.