
Pixel 10 Pro Fold explode em teste de durabilidade e revela falhas críticas de design
Pixel 10 Pro Fold explode em teste de durabilidade e revela falhas críticas de design
O Google Pixel 10 Pro Fold protagonizou um dos episódios mais preocupantes da história dos smartphones dobráveis. Durante o tradicional teste de tortura do canal JerryRigEverything, o aparelho não apenas quebrou — ele literalmente pegou fogo.
Zack Nelson, YouTuber conhecido por submeter celulares aos limites da resistência física, conseguiu algo inédito em uma década de testes: fazer a bateria de um flagship explodir ao vivo. O incidente reacende questões graves sobre segurança e qualidade em dispositivos premium que custam milhares de dólares.
A fraqueza que se repete
Nelson identificou o problema antes mesmo de começar o teste de flexão. As linhas de antena do Pixel 10 Pro Fold estão posicionadas exatamente onde a dobradiça encontra o chassi — o ponto de maior estresse estrutural do aparelho. É o mesmo erro de design que condenou as gerações anteriores dos dobráveis do Google.
Quando a pressão foi aplicada na direção oposta à dobra natural, o telefone rachou precisamente nessa região vulnerável. Mas o pior estava por vir.
Ao tentar endireitar o aparelho danificado, a bateria entrou em colapso térmico. Fumaça, chamas e o alarme de incêndio ao fundo documentaram um cenário que não se via desde o infame recall do Samsung Galaxy Note 7 em 2016. Para um dispositivo de 2025, é um retrocesso alarmante em segurança básica.
Certificação IP68 não salva a dobradiça
O Google promoveu o Pixel 10 Pro Fold como o primeiro dobrável com certificação IP68 — resistente a água e poeira. Na teoria, um avanço importante. Na prática, a história foi diferente.
Nelson introduziu partículas de sujeira na dobradiça e o resultado foi imediato: ruídos de trituração indicaram que o mecanismo não suporta abrasivos. A vedação pode proteger os componentes internos de líquidos, mas a dobradiça permanece vulnerável ao uso cotidiano em ambientes reais.
Tela interna frágil demais para um flagship
Os testes de resistência a arranhões confirmaram a fragilidade da tela dobrável. Enquanto a tela externa, protegida por Gorilla Glass Victus 2, mostrou boa resistência, a tela interna cedeu a um simples arranhão de unha — completamente inadequado para um aparelho usado diariamente.
O teste de calor expôs ainda mais essa fragilidade. Pixels começaram a morrer após apenas 15 segundos de exposição direta à chama de um isqueiro. A tela externa aguentou 25 segundos, mas isso não compensa a vulnerabilidade crítica da tela principal.
Samsung lidera onde Google tropeça
O contraste com a concorrência é brutal. O Samsung Galaxy Z Fold 7, com perfil ainda mais fino, passou pelos mesmos testes sem explosões ou rachaduras estruturais. A diferença não está na tecnologia disponível — está na execução do design.
O Google prometeu um dispositivo capaz de suportar uma década de aberturas e fechamentos. Os testes de Nelson desmentem essa narrativa de marketing. Mais grave: revelam que a empresa não aprendeu com os erros documentados publicamente em gerações anteriores.
Para consumidores considerando investir em um dobrável premium, os resultados são um alerta vermelho. Durabilidade não é um detalhe secundário — é requisito básico quando se cobra preço de flagship.
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