Galaxy S26 Ultra: Samsung deve seguir apostando em bateria de 5.000 mAh

A Samsung decidiu repetir a fórmula: o Galaxy S26 Ultra chegará ao mercado com os mesmos 5.000 mAh de bateria que equipam a linha Ultra desde 2020. Enquanto concorrentes apostam em células maiores e novas tecnologias, a gigante coreana prefere otimizar software e reduzir espessura — uma escolha que divide opiniões no mercado premium.

A estratégia dos 5.000 mAh: conservadorismo ou aposta certeira?

Há seis anos, quando o Galaxy S20 Ultra estreou com bateria de 5.000 mAh, a capacidade impressionava. Hoje, esse número virou padrão de mercado — e a Samsung se recusa a mexer nele. A Apple já superou a marca: o iPhone 17 Pro Max traz 5.088 mAh, eliminando uma vantagem histórica dos aparelhos Galaxy.

A decisão tem fundamento técnico. A empresa prioriza um design mais fino e elegante, evitando o volume adicional que baterias maiores exigem. Mas há outro ponto crítico: enquanto fabricantes chineses adotam células de silício-carbono (que entregam mais energia em menos espaço), a Samsung segue fiel às tradicionais baterias de íons de lítio.

Analistas preveem mudanças apenas no Galaxy S27, previsto para 2026. Até lá, a estratégia é clara: compensar capacidade com eficiência energética.

Carregamento rápido pode salvar a autonomia

Se a bateria permanece igual, o carregamento pode trazer novidades relevantes. Rumores apontam que o Galaxy S26 Ultra saltará dos atuais 45W para 65W — um avanço considerável que reduziria o tempo de recarga em cerca de 30%.

Porém, certificações recentes ainda registram 45W, levantando dúvidas sobre a implementação. A Samsung pode estar lidando com desafios térmicos: carregar mais rápido gera calor, e controlar temperatura em aparelhos finos exige engenharia avançada.

No carregamento sem fio, a expectativa é positiva. O S26 Ultra deve adotar o padrão Qi2 com 25W, trazendo compatibilidade magnética similar ao MagSafe. O Google já oferece isso no Pixel 10, criando pressão competitiva.

Eficiência como carta na manga

A aposta da Samsung está em compensar a estagnação da bateria com ganhos em eficiência. O processador do S26 Ultra promete consumir menos energia, enquanto melhorias no gerenciamento de bateria via software devem estender a autonomia.

É uma estratégia arriscada em tempos de uso intenso de IA e câmeras computacionais — recursos que drenam bateria rapidamente. A concorrência avança com células maiores justamente para suportar essas demandas sem comprometer a experiência do usuário.