DC Comics rejeita inteligência artificial: presidente defende arte humana contra algoritmos

A indústria dos quadrinhos acaba de ganhar um posicionamento claro sobre IA. Jim Lee, presidente e editor-chefe da DC Comics, declarou na New York Comic-Con que a editora nunca utilizará inteligência artificial para criar histórias ou ilustrações enquanto ele e Andy Pease estiverem no comando. A afirmação marca uma posição firme em meio ao debate que divide criadores e empresas no setor.

A humanidade como pilar criativo

Lee foi direto ao explicar o porquê da recusa. Para ele, o que diferencia os quadrinhos da DC é justamente a conexão frágil e preciosa entre imaginação e emoção humana. “A mente imperfeita, o risco criativo, o traço feito à mão — nenhum algoritmo consegue replicar isso”, afirmou o artista veterano, conhecido por trabalhos icônicos em Batman e Superman.

O executivo destacou que a imperfeição é parte essencial do processo criativo. Quando desenha, comete erros — muitos erros. E é exatamente isso que torna o trabalho autêntico. As dúvidas, correções e equívocos fazem parte da jornada artística, resultando de esforço genuíno, inspiração e transpiração.

Público reconhece autenticidade

Lee também ressaltou que os fãs sabem diferenciar trabalhos feitos com dedicação daqueles gerados mecanicamente. “As pessoas reagem ao que parece real. E também percebem o que é falso. Por isso a criatividade humana importa. A ciência não sonha, não faz arte”, declarou durante o painel gravado em vídeo por Rich Johnston.

A postura da DC reflete uma tendência crescente entre editoras tradicionais que valorizam o toque humano como diferencial competitivo. Enquanto algumas empresas experimentam com ferramentas de IA, a gigante dos super-heróis aposta na expertise de artistas que investem tempo, energia e paixão em cada página.

Futuro nas mãos de verdadeiros artistas

Com essa declaração, Jim Lee reafirma o compromisso da DC Comics com criadores de carne e osso. Batman, Superman e todo o universo DC continuarão sendo moldados por talentos reais, mantendo viva a tradição que transformou personagens em ícones culturais ao longo de décadas.