CEO da Take-Two diz que IA nunca vai criar um GTA decente, e explica o porquê
CEO da Take-Two diz que IA nunca vai criar um GTA decente, e explica o porquê
Quando Strauss Zelnick, CEO da Take-Two Interactive, foi questionado se inteligência artificial poderia construir o próximo Grand Theft Auto, sua resposta foi curtíssima: “Não”. Mas a razão por trás disso revela muito mais sobre o futuro do gaming criativo do que qualquer hype do Vale do Silício.
Em declaração ao CNBC’s Technology Executive Council Summit, Zelnick não apenas rejeitou a ideia, como destilou um argumento enfátivo: AI é fundamentalmente quebrada para criatividade, e isso não é uma limitação temporária.
O Problema não é proteção de IP (bem, também é)
Sim, existe a questão legal. Zelnick citou preocupações legítimas: conteúdo criado por IA não é protegível legalmente, e os modelos absorvem propriedade intelectual alheia no treinamento. Mas ele deixou claro que esse é apenas o primeiro obstáculo.
O verdadeiro problema: dados velhos gerando ideias Velhas
A questão central é estrutural. AI funciona a partir de grandes volumes de dados retroativos — isto é, coisas já criadas. É por isso que funciona bem em tarefas previsíveis (diagnósticos médicos, análise de padrões) mas fracassa completamente em inovação.
“Qualquer coisa que não seja ligada a processamento de dados retroativos vai ser realmente, realmente ruim”, explicou Zelnick. “Não existe criatividade que possa existir, por definição, em nenhum modelo de IA, porque é movido por dados.”
A implicação é brutal: um GTA gerado por IA seria uma mistura algorítmica de GTA 1 até 5, mais Hollywood genérico, mais crime fictício padrão. Tudo derivado. Nada novo.
Enquanto a Electronic Arts orienta seus colaboradores a tratar IA como “parceiros de pensamento” em todo desenvolvimento, e desenvolvedoras independentes experimentam ferramentas como Unreal MetaHuman Generator, a Take-Two traça uma linha. A aposta deles é simples: o diferencial competitivo das franquias premiadas é a criatividade humana.
A Rockstar Games constrói universos que “se aproximam da perfeição”, nas palavras do CEO. Não mediante otimização de base de dados, mas via iteração criativa, risco, visão artística. IA não faz nenhum desses.
Nem tudo é anti-IA na Rockstar
Vale notar: Zelnick não é um crítico absoluto. Ele reconhece que IA é útil em contextos operacionais, de segurança e em processamento de dados estruturados. Meses antes dessa declaração, ele chamou IA de “futuro da tecnologia” que aumentará empregos.
A nuance é importante: ele não diz “IA nunca”. Ele diz “IA nunca para isso” — para o que torna GTA, bem, GTA.
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