Amazon planeja cortar 15% do quadro de funcionários de RH em meio a investimento em IA

Amazon planeja cortar 15% do quadro de funcionários de RH em meio a investimento em IA

A Amazon planeja umas das reestruturações mais marcantes de sua história corporativa: até 15% da equipe global de Recursos Humanos (HR/PXT) será desligada em meio a uma forte aceleração dos investimentos em inteligência artificial e automação, aponta a Fortune. O anúncio vem na esteira de um cenário global onde as big techs se reinventam, apostando em eficiência radical para manter vantagem competitiva

O RH sob a espada da automação

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O movimento afeta diretamente mais de 10 mil colaboradores da unidade People eXperience & Technology (PXT). Tradicionalmente, a área de RH lidera estratégias humanas e tecnológicas na Amazon. Mas, desta vez, tornou-se alvo da própria onda de automação que vinha promovendo. Os cortes não se limitam a cargos administrativos: recrutadores, equipes de tecnologia e até especialistas em employee experience farão parte da redução.

IA além do discurso: o impacto prático

A virada não é apenas retórica: a Amazon projeta um investimento acima de US$ 100 bilhões em cloud e IA só em 2025, especialmente para datacenters e desenvolvimento de agentes automatizados. O CEO Andy Jassy, em memorando interno, foi direto: quem não se adaptar rapidamente ao novo universo digital fica para trás. O recado reverberou entre funcionários, que agora se veem desafiados a migrar do analógico para o digital, da rotina administrativa para projetos híbridos, dominados por machine learning e automação processual.

O paradoxo humano: cortar RH enquanto se recruta

Curiosamente, a reestruturação vem logo após o anúncio da contratação de 250 mil trabalhadores temporários para a alta temporada nos centros de distribuição dos EUA — o equivalente ao número de sazonais contratados nos últimos dois anos. Enquanto a automação invade escritórios e times estratégicos, o chão de fábrica segue demandando energia humana, sinalizando que a revolução tecnológica ainda convive com demandas tradicionais do e-commerce.

Debate global e repercussão nas redes

A novidade viralizou rapidamente nos fóruns especializados e entre funcionários, com debates intensos no Reddit e Instagram. Comentários irônicos pipocaram: “Quem vai comunicar a demissão do RH? Outro RH?” ou “Primeiro demitem quem cuida dos cortes — o caçador virou caça.” Executivos de tecnologia europeus e analistas do mercado americano passaram a especular se esse será o gatilho para futuras rodadas de cortes em bancos, telecom e varejo digital.

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