Valor de revenda do Galaxy dispara e ameaça liderança do iPhone até 2026

O mercado de smartphones premium está prestes a testemunhar uma mudança histórica. Aparelhos da Samsung da linha Galaxy estão reduzindo drasticamente a diferença de valor de revenda em comparação aos iPhones, tradicionalmente conhecidos por manterem melhor preço no mercado de usados. Segundo dados recentes, essa tendência pode culminar com os Galaxy ultrapassando os aparelhos da Apple até 2026, rompendo um paradigma que durou mais de uma década.

A análise realizada pela SellCell, empresa especializada no mercado de smartphones usados, revela uma mudança significativa no comportamento de depreciação dos dispositivos. Enquanto os iPhones vêm perdendo valor mais rapidamente a cada geração, os aparelhos da linha Galaxy apresentam uma melhora consistente na retenção de valor após o lançamento.

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Os números são impressionantes: cinco meses após o lançamento, o iPhone 16 já depreciou 53,4% de seu valor original, um desempenho muito pior que o iPhone 13, que no mesmo período havia perdido apenas 24,7%. Isso representa um aumento de 10,7% na taxa de depreciação ao longo de quatro gerações de iPhones, indicando um problema crescente para a Apple.

Em contrapartida, a linha Galaxy S25 da Samsung apresenta um cenário bem diferente. Após cinco meses no mercado, esses dispositivos perderam em média 46,6% de seu valor, uma melhora significativa em comparação aos 51,9% do Galaxy S22. Essa diferença de 5,3% representa um fortalecimento na capacidade de retenção de valor, aproximando a Samsung rapidamente da Apple nesse quesito.

Impacto para o consumidor

Para o consumidor brasileiro, onde o preço dos smartphones premium representa um investimento considerável, essa mudança tem implicações práticas importantes. Historicamente, muitos usuários justificavam o alto valor dos iPhones pela melhor revenda futura, argumento que agora começa a perder força. Com a melhora na retenção de valor dos dispositivos Galaxy, o custo total de propriedade (considerando o valor recuperado na venda do aparelho usado) torna-se mais atraente para quem prefere o ecossistema Android.

Vale lembrar que a Samsung já oferece programas de trade-in generosos no Brasil, com valores de troca competitivos para quem deseja fazer upgrade para um novo Galaxy. Essa estratégia, combinada com a tendência de melhor retenção de valor, pode influenciar significativamente a decisão de compra de muitos consumidores nos próximos anos.

A inversão na curva de depreciação pode ser atribuída a diversos fatores. No caso da Samsung, o fortalecimento da marca, melhorias significativas em hardware e software, além do pioneirismo em categorias como os dobráveis, têm contribuído para aumentar o valor percebido dos dispositivos Galaxy. A empresa também tem estendido o suporte de software, oferecendo até sete anos de atualizações para modelos recentes, equiparando-se à política da Apple.

Especialistas do setor apontam que, embora a Apple ainda mantenha vantagem absoluta em termos de valor de revenda, a diferença está diminuindo rapidamente. Se a tendência atual se mantiver, é provável que os dispositivos Galaxy superem os iPhones em valor de revenda até 2026, marcando um ponto de virada histórico no mercado de smartphones premium.

É importante ressaltar que muitos fatores podem alterar essa previsão nos próximos anos. Grandes inovações por parte da Apple poderiam frear essa tendência, assim como a Samsung poderia acelerar ainda mais sua taxa de retenção de valor com novas tecnologias. O que fica claro, no entanto, é que o iPhone já não possui a mesma vantagem estratégica de outrora quando o assunto é valor de revenda.

Fonte: SamMobile