Paciente com paralisia volta a usar iPad com o poder da mente; veja
Paciente com paralisia volta a usar iPad com o poder da mente; veja
Pela primeira vez, uma interface cérebro-computador (BCI) foi reconhecida nativamente por dispositivos Apple como um periférico oficial — permitindo que pessoas com paralisia interajam com iPads e iPhones apenas com o poder da mente.
Um implante cerebral agora fala a linguagem da Apple
O que antes era exclusivo de laboratórios experimentais agora está começando a se integrar ao nosso dia a dia tecnológico. A startup de neurotecnologia Synchron, sediada em Nova York, desenvolveu o Stentrode, um implante cerebral capaz de se comunicar diretamente com dispositivos da Apple via Bluetooth.
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Isso significa que, pela primeira vez, iPhones, iPads e até o headset Vision Pro reconhecem o implante da mesma forma que um teclado ou mouse — graças a um protocolo de conectividade oficial desenvolvido pela Apple. A intenção é criar um padrão aberto que funcione com qualquer interface neural, incluindo o Neuralink de Elon Musk. Mas foi a Synchron quem chegou primeiro.
Paciente com paralisia navega no iPad apenas com o pensamento
Em um vídeo publicado no canal da empresa, Mark Jackson, um paciente diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), aparece interagindo com um iPad sem usar as mãos, a voz ou os olhos. Tudo é feito exclusivamente com sinais cerebrais captados pelo Stentrode.
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Ele abre aplicativos, digita mensagens e acessa notícias. “Quando perdi o movimento das mãos, achei que tinha perdido minha independência”, diz Jackson. “Agora posso me comunicar com meus entes queridos e me manter conectado com o mundo, só com o pensamento. Isso me devolveu uma parte da vida.”
Qual a diferença agora? Conexão oficial muda o jogo
Implantes como o Stentrode e o Neuralink já conseguiam se conectar a dispositivos Apple, mas exigiam adaptações técnicas ou workarounds.
O que muda com essa nova integração é que a Apple agora reconhece oficialmente os BCIs como periféricos padrão, o que abre caminho para:
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Experiências mais estáveis e fluidas
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Suporte em nível de sistema operacional (iOS, iPadOS, visionOS)
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Maior compatibilidade com futuros apps e funções de acessibilidade
É como se o cérebro ganhasse um “login nativo” no ecossistema Apple.
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