O impacto do GPT-5: Entenda por que a OpenAI está montando uma estratégia energética global para seus data centers

O impacto do GPT-5: Entenda por que a OpenAI está montando uma estratégia energética global para seus data centers

Nos últimos dois meses, a OpenAI instalou mais de 60 novos clusters e construiu uma espinha dorsal de rede capaz de movimentar mais tráfego do que continentes inteiros. Essa expansão elevou a frota para 200 mil GPUs, preparando o terreno para levar o novíssimo GPT-5 a 700 milhões de usuários. Mas há um ponto crítico que sustenta tudo isso: energia.

Para garantir desempenho, sustentabilidade e custos competitivos, a empresa está criando uma estratégia global de suprimento energético — e quer um especialista para liderar esse plano.

O desafio de alimentar a IA em escala planetária

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A evolução de modelos como o GPT-5 exige volumes de energia sem precedentes. Cada novo data center precisa equilibrar confiabilidade, custo e impacto ambiental. Não se trata apenas de escolher entre energia solar ou eólica, mas de desenhar um mix inteligente que pode incluir nuclear, gás, geotérmica, rede elétrica e baterias de armazenamento.

Essa decisão influencia diretamente o preço de operação, a estabilidade do serviço e até o ritmo de expansão da própria IA.

 

Sam Altman, CEO da OpenAI, agradeceu publicamente aos parceiros Microsoft, NVIDIA, Oracle, Google e CoreWeave pelo papel fundamental na operação. “Muitas GPUs trabalhando horas extras”, escreveu Altman no X, reforçando que a escalada do GPT-5 só é possível graças à coordenação entre gigantes da tecnologia e a infraestrutura energética capaz de sustentar esse nível de processamento.

A primeira “gigafábrica de IA” da OpenAI na Europa

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Um dos movimentos mais estratégicos da expansão global é o Stargate Norway, o primeiro grande data center da OpenAI no continente europeu. Instalada em Kvandal, no norte da Noruega, a unidade vai operar sob a marca Stargate e abrigar 100 mil GPUs NVIDIA até o final de 2026.

O projeto é fruto de uma joint venture entre a britânica Nscale e a norueguesa Aker, com investimento inicial de US$ 1 bilhão de cada parceira. A OpenAI será a compradora da capacidade computacional, reforçando a meta de garantir “capacidade soberana europeia” — uma exigência que ganha força diante das regras da União Europeia para manter dados e operações de IA em território local.

A localização não foi escolhida ao acaso: a região conta com abundante energia hidrelétrica e baixa demanda local, permitindo eficiência energética e fornecimento 100% renovável. Além disso, o design prevê sistemas de resfriamento líquido direto ao chip e reaproveitamento do calor excedente em negócios de baixo carbono.

O Stargate Norway terá capacidade inicial de 230 MW, podendo atingir 520 MW e crescer ainda mais a longo prazo. Alimentado exclusivamente por energia renovável, o projeto se alinha às crescentes demandas por infraestrutura de TI sustentável.

Como será definida a nova matriz energética

O time de Infrastructure Strategy da OpenAI será responsável por criar o roadmap de energia para vários anos, integrando-o ao planejamento de novos data centers.
A missão envolve:

  • Avaliar e combinar fontes renováveis e convencionais.

  • Calcular impacto de carbono e escalabilidade.

  • Criar frameworks para escolher a matriz ideal em cada região.

  • Integrar as soluções energéticas já no desenho das instalações.

Negociações bilionárias e parcerias estratégicas

O cargo inclui liderar negociações complexas com utilities, desenvolvedores de energia renovável e traders. Isso significa estruturar:

  • PPAs (Power Purchase Agreements) de longo prazo.

  • Acordos tarifários que blindem contra oscilações de mercado.

  • Parcerias para viabilizar a expansão sustentável.

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