
IA ou real? Faça o teste da Microsoft que revela se você sabe diferenciar fotos falsas
IA ou real? Faça o teste da Microsoft que revela se você sabe diferenciar fotos falsas
A Microsoft desenvolveu um teste online que desafia nossa percepção: será que você consegue identificar quais fotos foram criadas por IA? Os resultados são surpreendentes — e mostram que nossa confiança pode estar inflada.
A dificuldade em distinguir o real do artificial
Nos últimos anos, as imagens geradas por inteligência artificial evoluíram a ponto de confundirem até os olhos mais treinados. Segundo um novo estudo conduzido pela Microsoft, nossa capacidade de separar realidade e ficção não é tão boa quanto imaginamos.
O levantamento contou com 12.500 participantes e analisou 287 mil imagens. O resultado? Em média, as pessoas acertaram apenas 63% das vezes ao tentar identificar se uma foto era real ou falsa. Em contraste, o detector de IA da Microsoft alcançou 95% de precisão, evidenciando que a tecnologia está, hoje, mais apta que nós para identificar suas próprias criações.
Teste você mesmo: realornotquiz.com
Para tornar esse desafio acessível ao público, a Microsoft criou o realornotquiz.com, um quiz simples com 15 imagens que desafia o usuário a dizer se cada foto é real ou gerada por IA.
As imagens falsas que mais nos confundem
O estudo mostrou que rostos humanos gerados por IA são relativamente mais fáceis de detectar, com taxa de acerto de 65%. Por outro lado, os deepfakes baseados em GAN — especialmente aqueles que mostram apenas perfis faciais ou aplicam a técnica de “inpainting” (inserção de elementos falsos em fotos reais) — enganaram cerca de 55% dos participantes.
Curiosamente, esses deepfakes, apesar de serem uma técnica mais antiga, ainda passam despercebidos porque lembram fotografias de baixa qualidade, onde os detalhes são menos evidentes e os erros da IA se tornam mais sutis.
Quando a foto real parece falsa
A maior surpresa do estudo, no entanto, veio das fotos genuínas. Três imagens reais do exército dos EUA, com iluminação e cores pouco convencionais, foram identificadas como verdadeiras por apenas 12%, 14% e 18% dos participantes.
Isso mostra que, em um cenário saturado por imagens sintéticas, nossa noção de autenticidade está sendo distorcida. Fotografias que fogem do “padrão” já soam falsas aos nossos olhos.
Um alerta para a era da desinformação
O estudo da Microsoft reforça a urgência de rotular conteúdos gerados por IA, especialmente em tempos de desinformação. Se sabemos quais imagens têm maior poder de engano, isso também indica quais técnicas podem ser exploradas por quem quer manipular narrativas online.
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