Estudo revela: donos de iPhone são menos cuidadosos na segurança digital
Estudo revela: donos de iPhone são menos cuidadosos na segurança digital
Uma nova pesquisa da empresa de segurança Malwarebytes revelou que os proprietários de iPhone são significativamente mais descuidados com sua segurança online do que usuários Android, tornando-os alvos mais frequentes de golpes digitais. O estudo, divulgado na última quinta-feira (24), identificou que 53% dos usuários da Apple já foram vítimas de fraudes online, contra 48% dos usuários do sistema do Google.
A análise sugere que muitos donos de dispositivos Apple cultivam uma falsa sensação de segurança, acreditando erroneamente que seus aparelhos são naturalmente protegidos contra ameaças cibernéticas. Esse comportamento se reflete em práticas arriscadas, como o compartilhamento excessivo de informações pessoais e a utilização da mesma senha para múltiplas contas.
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O levantamento entrevistou 1,3 mil pessoas distribuídas em cinco países: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Suíça e Áustria. Os resultados mostram diferenças significativas no comportamento digital dos usuários de ambas as plataformas. Quase metade (47%) dos proprietários de iPhone admitiu fazer compras de fontes desconhecidas apenas por oferecerem preços mais baixos, enquanto esse número cai para 40% entre os usuários Android.
Outro dado preocupante é que apenas 21% dos donos de dispositivos Apple utilizam software de segurança adicional, contra 29% dos proprietários de aparelhos Android. Essa disparidade se estende também à gestão de senhas: apenas 35% dos usuários iOS adotam a recomendada prática de usar senhas únicas para cada serviço, enquanto 41% dos usuários Android seguem essa orientação básica de segurança.
A raiz do problema: marketing enganoso
De acordo com a Malwarebytes, parte desse comportamento imprudente tem origem em uma estratégia de marketing da Apple de 2006. A campanha publicitária “Get a Mac” sugeriu fortemente que os dispositivos da empresa eram praticamente imunes a vírus, criando uma percepção distorcida que persiste até hoje, apesar de ser tecnicamente incorreta.
“A jogada de marketing estava equivocada naquela época e continua errada hoje. Os sistemas Apple sofrem com numerosos tipos de malware, mas o dano já está feito”, aponta o relatório. “As consequências desse pensamento são mais evidentes na forma como usuários de iPhone encaram ferramentas tradicionais de segurança digital – em resumo, eles simplesmente não as utilizam.”
Mark Beare, porta-voz da Malwarebytes, enfatiza que o problema vai além do dispositivo usado: “Sistemas operacionais são apenas portas de entrada para aplicativos e sites, e frequentemente são esses espaços online que apresentam riscos cibernéticos. Quando sites ou aplicativos veiculam conteúdo malicioso ou enganoso, cabe ao usuário decidir o que é real, o que é fraude e onde deve ou não clicar.”
A realidade é que nenhuma plataforma está completamente protegida. Os iPhones, por exemplo, estiveram entre os alvos do notório spyware Pegasus, que espionou milhares de pessoas globalmente. A própria Apple reconhece implicitamente essas vulnerabilidades ao lançar frequentes atualizações de segurança – como o recente iOS 18.6, que corrigiu importantes falhas que poderiam ser exploradas por criminosos.
O comportamento de risco detectado no estudo vai além da segurança básica. O levantamento revelou que 41% dos clientes Apple costumam enviar mensagens diretas nas redes sociais para vendedores desconhecidos solicitando descontos, contra 33% dos usuários Android. Essa prática pode expor informações pessoais a possíveis fraudadores que se passam por comerciantes legítimos.
Especialistas em segurança digital recomendam que, independentemente do sistema operacional utilizado, todos os usuários adotem medidas básicas de proteção: utilizar senhas únicas e fortes para cada serviço, ativar a autenticação de dois fatores, baixar aplicativos apenas de lojas oficiais, desconfiar de ofertas muito vantajosas e manter o sistema operacional sempre atualizado com os últimos patches de segurança.
Fonte: Malwarebytes
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