
E se Round 6 tivesse saído nos anos 90? Fã transforma série em jogo de Game Boy
E se Round 6 tivesse saído nos anos 90? Fã transforma série em jogo de Game Boy
Imagine reviver a tensão de Round 6 com gráficos verdes, trilha sonora em chiptune e sprites 8-bit — tudo isso no Game Boy original. A equipe da 64 Bits conseguiu esse feito ao recriar a primeira temporada da série em forma de jogo retrô, fiel tanto na estética quanto na tensão dos desafios.
Uma série coreana, um console dos anos 90 e uma ideia genial
A proposta é tão ousada quanto curiosa: transformar Squid Game (ou Round 6, como ficou conhecido no Brasil) em um jogo de Game Boy. Isso mesmo — o portátil de 1989 da Nintendo agora é palco de uma versão reduzida, pixelada e surpreendentemente fiel da série que conquistou o mundo com sua crítica social disfarçada de competição mortal.
Desenvolvido no GB Studio, o projeto é 100% funcional no hardware original, em emuladores ou direto no navegador via Newgrounds. O protagonista continua sendo Seong Gi-hun (Jogador 456), e o jogo é composto por sete minigames baseados nas provas da série: “Batatinha Frita 1, 2, 3”, colmeia de açúcar, cabo de guerra, bolinhas de gude, ponte de vidro, luzes apagadas e o jogo final.
Um demake com mais profundidade do que parece
Mesmo com as limitações técnicas do Game Boy, o demake impressiona. Os desenvolvedores da 64 Bits foram além da conversão básica: criaram três finais diferentes, um modo secreto ultra difícil com apenas uma vida, e ainda incluíram manual digital, artes de caixa e adesivos de cartucho para quem quiser montar uma cópia física.
A jogabilidade, apesar de simples nos comandos (direcional, botões A e B, Start), exige concentração e reflexos — principalmente na ponte de vidro, que foi ajustada após feedback da comunidade. O modo história conecta os minigames com cutscenes que ilustram momentos-chave da trama, todas em pixel art, respeitando o estilo e os limites do console.
Visual retrô com clima de tensão intacto
Os gráficos seguem o padrão monocromático do Game Boy: fundo esverdeado, sprites blocados e cenários minimalistas. Ainda assim, a ambientação transmite bem o peso das decisões, a tensão entre os personagens e o clima opressor da série. As músicas foram recriadas em chiptune, respeitando o chip de som de 4 canais do console — e capturam a mesma sensação incômoda da trilha original.
Para completar, o modo de seleção rápida de minigames permite treinar fases isoladas, enquanto o hard mode remete diretamente à pressão constante que os participantes sentiam na série.
Jogue agora — no console, no emulador ou no navegador
O demake pode ser baixado gratuitamente no itch.io da 64 Bits — ou adquirido via modelo “pague quanto quiser” para apoiar os criadores. É possível jogar no próprio Game Boy (com flash cart), em emuladores ou até no navegador. O pacote inclui PDF com manual, dicas e até uma arte de capa para quem quiser imprimir sua própria edição física.
Para quem curte jogos retrô, desenvolvimento indie ou simplesmente ama Squid Game, essa é uma adaptação imperdível — um encontro improvável entre o drama sul-coreano e o charme nostálgico da era 8-bit.
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