YouTube bate novo recorde e lucra quase US$ 10 bilhões com anúncios em 2025

YouTube bate novo recorde e lucra quase US$ 10 bilhões com anúncios em 2025

O YouTube alcançou um marco histórico em seu desempenho financeiro, registrando uma receita publicitária de US$ 9,8 bilhões (aproximadamente R$ 54,1 bilhões) no segundo trimestre de 2025. O resultado impressionante, divulgado pela Alphabet na última quarta-feira (23), não apenas superou as projeções dos analistas de mercado, que previam US$ 9,6 bilhões, como também reforçou a posição dominante da plataforma no cenário de streaming global.

Os números representam um crescimento de 12,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando a plataforma havia faturado US$ 8,7 bilhões com publicidade. Para o mercado brasileiro, onde o consumo de vídeos online cresceu exponencialmente nos últimos anos, esses resultados sugerem um fortalecimento contínuo do formato de monetização baseado em anúncios, modelo que tem sido progressivamente adotado por diversas plataformas de streaming no país.

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O sucesso da plataforma tem influenciado diretamente seus competidores. A Netflix, que tradicionalmente resistia ao modelo publicitário, revelou que seu plano com anúncios já conta com 94 milhões de usuários ativos mensais – um aumento de 20 milhões desde novembro de 2024. Durante sua recente teleconferência de resultados, a gigante do streaming manifestou a intenção de dobrar sua arrecadação com publicidade este ano, embora os valores atuais ainda estejam significativamente abaixo do patamar alcançado pelo YouTube.

Especialistas do mercado estimam que a Netflix tenha arrecadado cerca de US$ 3 bilhões (R$ 16,5 bilhões) com anúncios no último trimestre – menos de um terço do faturado pela plataforma do Google. Essa disparidade tem acelerado a mudança estratégica de outros players importantes como HBO Max e Amazon Prime Video, que também intensificaram suas apostas em modelos de negócio sustentados por publicidade.

Pessoa interagindo com a interface do YouTube em um dispositivo móvel, navegando entre categorias e opções da plataforma
Embora o YouTube ofereça versão premium sem propagandas, a receita de anúncios segue sendo o principal motor financeiro da plataforma em 2025

Televisões impulsionam crescimento e Alphabet celebra resultados gerais

Um fator crucial para o desempenho excepcional do YouTube tem sido a migração do consumo para aparelhos de TV. Segundo levantamento da Nielsen, a plataforma liderou a audiência nas televisões dos Estados Unidos durante abril e maio de 2025, mantendo uma posição que já havia conquistado no primeiro trimestre do ano. Este comportamento reflete uma tendência global que também se manifesta no Brasil, onde o acesso via smart TVs vem ganhando protagonismo.

A crescente preferência dos usuários por assistir conteúdos do YouTube em telas maiores tem levado a empresa a investir em funcionalidades específicas para essa experiência, criando um ciclo virtuoso para a monetização. Com sessões tipicamente mais longas nas TVs em comparação aos dispositivos móveis, o potencial para exibição de anúncios aumenta consideravelmente.

Para além do desempenho impressionante do YouTube, a Alphabet como um todo registrou resultados robustos no segundo trimestre. A receita total da empresa atingiu US$ 96,4 bilhões (R$ 532,6 bilhões), representando um crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Google Cloud foi outro destaque, com um aumento de 32% em seu faturamento, alcançando US$ 13,6 bilhões (R$ 75,1 bilhões).

Sundar Pichai, CEO do Google, não escondeu o entusiasmo com os resultados: “Tivemos um trimestre excepcional, com crescimento robusto em toda a empresa. Estamos liderando na fronteira da IA e avançando a um ritmo incrível. A IA está impactando positivamente cada parte do negócio, impulsionando um forte momento“, declarou em comunicado oficial.

Mão segurando controle remoto apontado para uma televisão que exibe interface com miniaturas de vídeos
O consumo de conteúdo do YouTube em smart TVs tem sido decisivo para o aumento da receita publicitária da plataforma

Também contribuíram para o resultado positivo da Alphabet as assinaturas de serviços do Google, as vendas de dispositivos próprios e as receitas provenientes do buscador. A empresa destacou ainda o crescimento nos ganhos com suas soluções de inteligência artificial, tecnologia que vem sendo progressivamente integrada em todos os produtos do ecossistema Google, incluindo o próprio YouTube.

Para o mercado brasileiro de tecnologia e mídia, os números recordes do YouTube sinalizam a consolidação de um modelo híbrido no setor de streaming, onde coexistirão ofertas exclusivamente pagas e alternativas financiadas por publicidade. A competição intensificada entre as plataformas tende a beneficiar os consumidores com mais opções de preço e acesso aos conteúdos digitais nos próximos meses.

Fonte: TechCrunch

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