Pix mais seguro: novas regras já estão valendo para evitar fraudes; saiba o que muda

Pix mais seguro: novas regras já estão valendo para evitar fraudes; saiba o que muda

Desde ontem, 1º de julho, os usuários do Pix contam com medidas de segurança mais robustas contra fraudes. O Banco Central colocou em prática um novo pacote de regras que obriga todas as instituições financeiras participantes do sistema a implementarem verificações mais rigorosas durante o cadastro e alteração de chaves. Esta iniciativa visa proteger os mais de 150 milhões de brasileiros que já utilizam o serviço de pagamentos instantâneos.

A principal novidade está na verificação obrigatória dos dados cadastrais. Agora, os bancos precisam conferir se o nome do cliente corresponde exatamente ao que consta nos registros da Receita Federal, seja para CPF ou CNPJ. Essa medida impede, por exemplo, que fraudadores utilizem dados de pessoas falecidas ou empresas inativas para criar ou manipular chaves do sistema.

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Caso o sistema identifique divergências entre os nomes, a instituição financeira deve atualizar os dados do cliente ou, em situações que sugiram fraude, bloquear a criação ou modificação da chave até que uma investigação mais detalhada seja realizada. Esse processo de verificação já existia como recomendação, mas agora se torna mandatório para todos os participantes do ecossistema do Pix.

A medida atinge diretamente quatro tipos de chaves (CPF/CNPJ, e-mail, número de celular e chave aleatória) para pessoas físicas e jurídicas. Os usuários não precisam realizar nenhuma ação específica, pois a verificação ocorre automaticamente nos bastidores do sistema bancário quando há solicitações de registro ou alteração de chaves.

Para Carlos Eduardo, especialista em segurança digital consultado pela nossa equipe, a mudança representa um avanço significativo: “Essa verificação em tempo real com a base da Receita Federal dificulta enormemente a ação de criminosos que antes podiam explorar brechas no sistema para aplicar golpes usando dados de terceiros.”

Segurança do Pix: Banco Central anuncia novas medidas

Novas fases de segurança ainda estão por vir

O cronograma de implementação das medidas de segurança prevê uma segunda fase importante. A partir de 1º de outubro de 2025, a verificação de dados também se tornará obrigatória nas solicitações de portabilidade e reivindicação de posse de chaves Pix. Isso significa que transferir uma chave entre instituições ou recuperar seu acesso também passará pelo mesmo crivo rigoroso.

Esta iniciativa faz parte da Resolução BCB nº 457, publicada em março deste ano pelo Banco Central. Ela complementa outras medidas de segurança já anunciadas, como a exclusão automática de chaves associadas a CPFs ou CNPJs em situação irregular na Receita Federal.

O impacto para o usuário comum deve ser mínimo. Na prática, a experiência de uso do Pix continua a mesma, mas com uma camada adicional de segurança que atua nos bastidores. A expectativa do Banco Central é reduzir significativamente as ocorrências de fraudes no sistema, que movimenta bilhões de reais diariamente na economia brasileira.

Para os consumidores, a recomendação continua sendo manter práticas seguras ao utilizar o Pix: verificar sempre os dados do destinatário antes de confirmar transferências, não compartilhar senhas ou códigos de acesso, e desconfiar de ofertas e promoções suspeitas que solicitem pagamentos via Pix sem garantias claras.

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