
Petição Stop Killing Games, que luta pelos seus direitos como gamer, alcança 1 milhão de assinaturas!
A iniciativa Stop Killing Games acaba de atingir um marco significativo: 1 milhão de assinaturas em sua petição que defende a preservação de jogos digitais. Liderado pelo criador de conteúdo Ross Scott, do canal Accursed Farms, o movimento luta contra a prática cada vez mais comum das empresas de desligar servidores e tornar completamente injogáveis títulos pelos quais os consumidores pagaram.
Lançada em abril de 2024, a campanha cresceu exponencialmente ao longo do último ano, ecoando uma frustração generalizada dos jogadores que veem seus investimentos em jogos digitais simplesmente desaparecerem quando as desenvolvedoras decidem encerrar o suporte.
Você também pode gostar dos artigos abaixo:
- Ubisoft diz que jogadores nunca foram donos de The Crew
- Como descobrir quanto dinheiro você já gastou na Steam até hoje; veja
O objetivo central do Stop Killing Games não é exigir que as empresas mantenham servidores ativos indefinidamente, mas sim garantir alternativas que permitam que os jogos continuem funcionando de alguma forma após o fim do suporte oficial. As propostas incluem a implementação de modos offline, liberação do software dos servidores para que comunidades possam hospedá-los, ou a criação de proteções legais que defendam o direito dos consumidores.
Curiosamente, a campanha ganhou um impulso inesperado após enfrentar oposição de Jason Hall, conhecido como PirateSoftware, um ex-funcionário da Blizzard e atual streamer do Twitch. Em dezembro de 2024, Hall criticou duramente o movimento, argumentando que era vago, idealista e poderia impor um fardo injusto aos estúdios independentes. Essa tentativa de desacreditar a iniciativa acabou gerando o efeito contrário, atraindo mais atenção para a causa.
O problema crescente dos jogos “mortos”
O caso não é hipotético. Títulos como The Crew da Ubisoft e Battleborn da Gearbox foram completamente desativados ou removidos das lojas digitais, deixando os jogadores sem acesso a produtos pelos quais pagaram. A Ubisoft chegou a afirmar que os consumidores não poderiam reclamar do encerramento do The Crew porque, apesar de terem comprado o jogo, nunca foram realmente proprietários dele.
Além disso, uma pesquisa mencionada por Ross Scott indica que cerca de 68% de 700 jogos dependentes de conexão online já estão inacessíveis ou logo se tornarão. O problema se estende além dos jogos multiplayer, afetando também títulos single-player que exigem conexão constante para funcionalidades como DRM, progressão armazenada em servidores ou conteúdo episódico.
A Microsoft tem se destacado positivamente nesse cenário com seu programa de retrocompatibilidade, permitindo que jogos do Xbox original e Xbox 360 funcionem em consoles modernos. No entanto, mesmo essa iniciativa enfrenta limitações devido a questões de licenciamento, especialmente em franquias como Forza, que apresenta veículos licenciados.
O próximo passo após o marco de 1 milhão
Apesar de ter atingido a meta inicial de 1 milhão de assinaturas, o que teoricamente forçaria a Comissão Europeia a considerar formalmente uma nova legislação, Ross Scott elevou o objetivo para 1,5 milhão. Essa decisão foi tomada por precaução, considerando a possibilidade de assinaturas inválidas ou não verificáveis durante o processo de validação.
O apoio de grandes criadores de conteúdo foi fundamental para o crescimento da campanha. Nomes como MoistCr1TiKaL, PewDiePie e Jacksepticeye manifestaram publicamente seu apoio, amplificando significativamente o alcance do movimento. SomeOrdinaryGamers também contribuiu, popularizando a frase “Pirataria não é roubo se comprar não significa possuir”, em resposta aos comentários da Ubisoft sobre a propriedade de jogos.
A questão central permanece sendo a preservação dos jogos como mídia cultural. Não se trata apenas de manter servidores ativos eternamente, mas de garantir que jogadores possam retornar a títulos pelos quais pagaram, mesmo que seja através de partidas peer-to-peer com amigos ou servidores hospedados pela comunidade. Com o marco de 1 milhão de assinaturas, o Stop Killing Games dá um passo significativo na direção de mudanças concretas que podem transformar permanentemente a relação entre jogadores e os jogos que compram.
Para acessar o link da petição, clique aqui!
Fonte: Windows Central
Leave A Comment
You must be logged in to post a comment.