Pesquisa revela que apenas 7% dos brasileiros trocam de smartphone todo ano. Você é um deles?
Pesquisa revela que apenas 7% dos brasileiros trocam de smartphone todo ano. Você é um deles?
Trocar de smartphone a cada novo lançamento? Para a imensa maioria dos brasileiros, isso é coisa rara. Uma pesquisa nacional conduzida pelo Mobile Time com o Opinion Box revelou que apenas 7% dos usuários atualizam seus dispositivos anualmente.
O restante? Adota ciclos muito mais longos: 30% renovam só a cada três anos, enquanto 16% esticam o uso por cinco anos ou mais. Isso representa uma mudança silenciosa no comportamento do consumidor — e um desafio direto ao modelo de negócios das gigantes da tecnologia.
O celular já faz tudo — e o “novo” nem sempre é necessário
A indústria tenta empurrar atualizações anuais com promessas de câmeras melhores, baterias que duram mais e recursos de IA que “transformam a experiência”. Mas, para muitos brasileiros, o celular atual já faz tudo o que precisam — e bem.
Entre os entrevistados que não pretendem comprar um novo aparelho nos próximos 12 meses, 30% afirmam que simplesmente não precisam. Só 10,3% mencionaram a falta de dinheiro como razão principal, derrubando o mito de que a retenção se dá apenas por limitações financeiras.
Esse comportamento vem sendo notado pelas próprias fabricantes. Samsung e Honor, por exemplo, já oferecem até sete anos de atualizações de software em alguns modelos — movimento que ecoa a estratégia da Apple, que há tempos valoriza o suporte de longo prazo.
A relação do brasileiro com o smartphone está mudando
O estudo, intitulado “O brasileiro e seu smartphone”, conversou com mais de 2 mil pessoas de diferentes regiões e faixas de renda. E os dados revelam uma fotografia interessante do cenário atual:
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72% já tiveram quatro ou mais celulares ao longo da vida
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86% compraram seus aparelhos novos, contra apenas 6% que optaram por usados
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51% compraram online, superando os 44% que preferem loja física
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94% usam capa protetora, mas 30% têm a tela trincada ou arranhada
Curiosamente, as classes D e E são as que mais trocam de aparelho anualmente (8%), mas também as que mais relatam terem sido vítimas de furtos ou roubos — 38% dos entrevistados desses grupos passaram por isso.
IA? Ainda não é o que pesa na decisão de compra
Apesar do marketing intenso em torno de inteligência artificial, especialmente após anúncios como o Apple Intelligence, os brasileiros ainda são pragmáticos. Só 3% consideram a IA como fator principal na hora de escolher um novo celular.
O que realmente pesa:
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Desempenho do processador (31%)
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Memória RAM (25%)
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Qualidade da câmera (16%)
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Duração da bateria (15%)
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Conectividade 5G (5%)
Ou seja: o consumidor brasileiro quer eficiência e durabilidade, não necessariamente as últimas promessas de inovação.
O celular virou tudo: carteira, TV, som e relógio
A pesquisa também escancara como o smartphone virou o “tudo-em-um” do brasileiro moderno. Mais do que um telefone, ele substituiu uma série de objetos do cotidiano:
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Câmera digital (usada por 81%)
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Alarme (74%)
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Calculadora (71%)
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Relógio de pulso (69%)
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Carteira para pagamentos (50%)
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Porta-documentos digitais (47%)
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GPS/mapeamento (66%)
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Televisão (45%)
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Calendário e organização (56%)
Esse nível de integração ajuda a explicar por que os usuários estão mais relutantes em trocar de aparelho: o celular virou uma extensão prática da rotina — e, se está funcionando, não há urgência em trocá-lo.
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