Os 5 filmes de Zack Snyder que mais decepcionaram fãs e críticos

Os 5 filmes de Zack Snyder que mais decepcionaram fãs e críticos

Poucos diretores de Hollywood conseguem dividir tanto as opiniões quanto Zack Snyder. Com seu estilo visual extremamente reconhecível – repleto de câmera lenta, paleta de cores desaturada e ação estilizada – Snyder se tornou uma figura polarizadora no cinema contemporâneo. Para alguns, ele é um visionário incompreendido; para outros, um diretor que prioriza estética em detrimento da substância.

O curioso é que Snyder tem em seu currículo sucessos inegáveis como a adaptação de 300 (2006), que redefiniu a estética das adaptações de quadrinhos, e Watchmen (2009), considerada por muitos como uma das mais fiéis transposições de histórias em quadrinhos para o cinema. No entanto, para cada acerto, Snyder acumulou fracassos retumbantes que decepcionaram tanto fãs quanto críticos.

Neste artigo, vamos analisar cronologicamente as cinco obras mais controversas do diretor, investigando o que fez estes filmes serem tão criticados, procurando padrões recorrentes e contextualizando-os dentro da carreira de Snyder. Será que existe um “defeito Snyder” que compromete suas obras mais ambiciosas?

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Tabela resumo dos filmes analisados

Filme Ano de lançamento Orçamento estimado Bilheteria mundial Nota no Rotten Tomatoes Nota no Metacritic Nota no IMDb
Sucker Punch: Mundo Surreal 2011 US$ 82 milhões US$ 89,8 milhões 22% 33/100 6.0/10
Batman vs Superman: A Origem da Justiça 2016 US$ 250 milhões US$ 873,6 milhões 29% 44/100 6.4/10
Liga da Justiça de Zack Snyder 2021 US$ 70 milhões (adicional) N/A (streaming) 71% 54/100 7.9/10
Army of the Dead: Invasão em Las Vegas 2021 US$ 90 milhões N/A (streaming) 67% 57/100 5.8/10
Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo 2023 US$ 166 milhões N/A (streaming) 21% 30/100 4.6/10

O estilo Snyder: entendendo as características que dividem opiniões

Antes de mergulharmos nos filmes propriamente ditos, é importante compreender o que torna o estilo de Zack Snyder tão reconhecível – e polarizador. O diretor tem uma assinatura visual extremamente marcante, com elementos que se repetem em praticamente todas as suas obras:

  • – Visual: Snyder é obcecado por imagens impactantes. Seu uso de câmera lenta (ou “speed ramping”) se tornou sua marca registrada, especialmente em sequências de ação. A paleta de cores desaturada e o alto contraste criam uma estética sombria e grandiosa. O uso frequente de filtros visuais – principalmente tons azulados e sépia – reforça a atmosfera estilizada de seus filmes.
  • – Narrativa: O diretor tem predileção por histórias com tom sombrio e violência gráfica, frequentemente estilizada. Seus filmes muitas vezes abordam temas como sacrifício, redenção e figuras messiânicas. A estrutura narrativa tende a ser ambiciosa, mas nem sempre coesa, priorizando momentos visuais memoráveis em detrimento do desenvolvimento fluido da história.
  • – Adaptação: Snyder tem uma relação complexa com o material fonte. Em 300 e Watchmen, sua fidelidade visual aos quadrinhos foi celebrada. No entanto, suas interpretações de personagens icônicos (particularmente o Superman) geraram controvérsia por se afastarem da visão tradicional desses heróis.

Estas características funcionaram excepcionalmente bem em filmes como 300, onde o estilo visual era perfeitamente adequado à história, e Dawn of the Dead (2004), seu filme de estreia que reimaginou o clássico de George Romero com sucesso. No entanto, como veremos, esses mesmos elementos se tornaram problemáticos em outros projetos.

Sucker Punch: Mundo Surreal (2011)

Após uma sequência de sucessos adaptando material existente (Dawn of the Dead, 300 e Watchmen), Snyder decidiu apostar em um projeto original. Sucker Punch representava sua primeira grande oportunidade de provar que poderia criar histórias originais tão impactantes quanto suas adaptações. O resultado, infelizmente, foi um fracasso tanto comercial quanto crítico.

A premissa parecia promissora: uma jovem apelidada de “Babydoll” (Emily Browning) é internada em um hospital psiquiátrico após ser falsamente acusada de matar a própria irmã. Para escapar dos abusos sofridos, ela cria mundos fantasiosos onde se transforma em uma guerreira poderosa. A estrutura narrativa opera em três níveis de realidade: o hospital psiquiátrico, um bordel imaginário e as fantasias de ação onde as personagens enfrentam samurais, nazistas zumbis e robôs gigantes.

O problema é que o filme falha em conectar esses níveis de maneira significativa. As sequências de ação, embora visualmente impressionantes, parecem videogames desconectados da narrativa principal. A suposta mensagem de empoderamento feminino foi particularmente criticada, já que as protagonistas são hipersexualizadas enquanto lutam por liberdade, criando uma contradição que o filme nunca resolve satisfatoriamente.

Prime Video: Sucker Punch: Mundo Surreal

Com um orçamento de US$ 82 milhões, o filme arrecadou apenas US$ 89,8 milhões mundialmente – um resultado decepcionante para um blockbuster desse porte. A crítica foi implacável, com o filme atingindo apenas 22% de aprovação no Rotten Tomatoes e 33/100 no Metacritic.

Sucker Punch revelou um padrão que se repetiria nos futuros fracassos de Snyder: ideias visualmente ambiciosas prejudicadas por narrativas confusas e temáticas mal desenvolvidas. O filme demonstrou que, sem a estrutura de uma história pré-existente para ancorar seu estilo visual, Snyder tinha dificuldade em criar uma narrativa coesa.

Sucker Punch: Mundo Surreal está disponível para streaming na HBO Max e para compra ou aluguel em Prime Video, YouTube e Google Play.

Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016)

Após o sucesso moderado de O Homem de Aço (2013), que relançou o Superman com Henry Cavill, a Warner Bros. decidiu acelerar a construção de seu universo cinematográfico para competir com a Marvel. Em vez de introduzir Batman em um filme solo, o estúdio optou por colocar os dois maiores heróis da DC em rota de colisão. As expectativas eram estratosféricas – afinal, este seria o primeiro encontro dos personagens nas telonas, algo que os fãs aguardavam há décadas.

O filme apresenta um Bruce Wayne (Ben Affleck) atormentado e endurecido após duas décadas combatendo o crime em Gotham, que vê o Superman como uma ameaça após a destruição causada em Metropolis durante os eventos de O Homem de Aço. Enquanto isso, Lex Luthor (Jesse Eisenberg) manipula os eventos para colocar os heróis em conflito.

As críticas ao filme foram amplas e contundentes. O tom excessivamente sombrio, especialmente para o Superman – tradicionalmente um símbolo de esperança – alienou muitos fãs do personagem. A versão teatral sofria com problemas graves de edição, com várias cenas cruciais cortadas, resultando em saltos narrativos confusos. A infame “cena Martha”, onde os heróis cessam seu combate ao descobrir que suas mães compartilham o mesmo nome, tornou-se alvo de piadas e simbolizou para muitos a fraqueza do roteiro.

Batman VS Superman: A Origem Da Justiça (Dublado) - Movies on Google Play

Comercialmente, o filme teve um desempenho contraditório. Arrecadou impressionantes US$ 873,6 milhões mundialmente, mas ficou aquém da marca de US$ 1 bilhão que o estúdio esperava para um filme desta magnitude. Mais preocupante foi o padrão de bilheteria: após uma abertura forte, o filme sofreu uma queda de 69% na segunda semana – uma das maiores para um blockbuster de super-heróis – indicando recepção negativa do público.

O lançamento posterior da “Ultimate Edition”, com 30 minutos adicionais, corrigiu alguns problemas narrativos, mas não alterou os problemas fundamentais do tom e caracterização. A recepção crítica foi devastadora: 29% no Rotten Tomatoes e 44/100 no Metacritic.

Batman vs Superman representa talvez o exemplo mais claro do conflito entre a visão artística de Snyder e as expectativas de um blockbuster de super-heróis mainstream. Sua interpretação sombria e desconstruída dos ícones da DC, embora tenha seus defensores, colidiu com a visão mais tradicional que muitos fãs e críticos tinham desses personagens.

Batman vs Superman: A Origem da Justiça está disponível para streaming na HBO Max e para compra e aluguel no Apple TV, Prime Video e Google Play.

Liga da Justiça (2021)

A saga por trás de Liga da Justiça é quase tão dramática quanto o próprio filme. Originalmente dirigido por Snyder, o projeto sofreu uma reviravolta quando o diretor deixou a produção após a trágica morte de sua filha. Joss Whedon foi contratado para finalizar o filme, resultando em uma versão teatral (2017) que desagradou tanto críticos quanto fãs, arrecadando decepcionantes US$ 657,9 milhões.

O que se seguiu foi sem precedentes: uma campanha massiva de fãs (#ReleaseTheSnyderCut) que durou anos, pressionando a Warner Bros. a permitir que Snyder lançasse sua visão original. Em 2020, o estúdio finalmente cedeu, investindo cerca de US$ 70 milhões adicionais para que Snyder completasse sua versão para o serviço de streaming HBO Max.

O resultado foi um filme de quatro horas que representa a visão não filtrada de Snyder. A trama básica permanece a mesma: Batman e Mulher-Maravilha reunindo uma equipe de meta-humanos para enfrentar Steppenwolf. Porém, o “Snyder Cut” apresenta inúmeras diferenças: tom mais sombrio, desenvolvimento de personagens expandido (especialmente Cyborg), menos humor, mais violência gráfica, e um epílogo extenso que estabelece sequências que nunca seriam produzidas.

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Curiosamente, a versão de Snyder foi melhor recebida pela crítica que a versão teatral, conquistando 71% no Rotten Tomatoes. No entanto, muitos ainda apontaram problemas significativos: a duração excessiva, o ritmo irregular, uso exagerado de slow motion (que somam quase 10% do tempo total do filme), e uma estética sombria que muitos consideraram inadequada para personagens como Flash e Superman.

A sequência “Knightmare” no epílogo, que apresenta um futuro apocalíptico onde Superman se torna um vilão, exemplifica tanto as qualidades quanto os defeitos de Snyder como diretor: visualmente impactante, conceitualmente interessante, mas narrativamente problemática por focar em um futuro que nunca seria explorado no cinema.

O Snyder Cut estabeleceu um precedente perigoso para a indústria, onde campanhas de fãs nas redes sociais podem influenciar decisões corporativas de milhões de dólares. Ao mesmo tempo, representa um caso fascinante de duas visões radicalmente diferentes para o mesmo material, destacando como o estilo do diretor pode transformar completamente uma narrativa.

Liga da Justiça de Zack Snyder está disponível para streaming na HBO Max e para compra ou aluguel no Apple TV, Prime Video e Google Play.

Army of the Dead: Invasão em Las Vegas (2021)

Após sua conturbada experiência com a Warner Bros., Snyder encontrou um novo lar na Netflix, que lhe ofereceu liberdade criativa considerável. Army of the Dead marcou seu retorno ao gênero de zumbis, 17 anos após sua estreia em Dawn of the Dead. O filme combina dois subgêneros populares: filmes de zumbis e filmes de assalto.

A premissa é intrigante: após um surto de zumbis, Las Vegas é isolada do mundo. Um grupo de mercenários liderado por Scott Ward (Dave Bautista) é contratado para entrar na cidade infestada e recuperar US$ 200 milhões de um cofre de cassino antes que o governo lance uma bomba nuclear para eliminar a ameaça. O diferencial é que estes zumbis são mais inteligentes e organizados, liderados por um “rei” e uma “rainha”.

Com um orçamento estimado em US$ 90 milhões, o filme representou um investimento significativo da Netflix em sua estratégia de filmes originais. Além de dirigir, Snyder também atuou como diretor de fotografia, usando lentes especiais Canon Dream que criaram um efeito de foco seletivo extremo, resultando em planos onde apenas o centro da imagem está em foco – uma escolha técnica que foi amplamente criticada.

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Apesar do conceito promissor, Army of the Dead sofre de problemas significativos. Com 148 minutos, o filme é desnecessariamente longo, dedicando tempo excessivo a subtramas que não se desenvolvem satisfatoriamente. Os personagens, com poucas exceções, carecem de profundidade, tornando difícil se importar com seus destinos. Elementos intrigantes do universo – como zumbis inteligentes que podem se reproduzir e robôs disfarçados de humanos – são introduzidos sem explicação adequada, aparentemente servindo apenas como setup para sequências que nunca se materializaram.

A recepção crítica foi mista (67% no Rotten Tomatoes, 57/100 no Metacritic), com elogios à premissa e às sequências de ação, mas críticas à duração, personagens subdesenvolvidos e problemas técnicos de fotografia. A Netflix inicialmente planejou um universo expandido, lançando o prequel Army of Thieves (2021) e anunciando uma série animada (Army of the Dead: Lost Vegas) e uma sequência direta. No entanto, após a recepção morna, a série animada foi cancelada e os planos para a sequência parecem ter esfriado.

Army of the Dead exemplifica como, mesmo com liberdade criativa total, Snyder tende a priorizar momentos visuais e conceitos de worldbuilding sobre coesão narrativa e desenvolvimento de personagens.

Army of the Dead: Invasão em Las Vegas está disponível na Netflix.

Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo (2023)

O projeto mais recente e ambicioso de Snyder na Netflix, Rebel Moon tem origens interessantes: originalmente concebido como um pitch para o universo Star Wars antes da aquisição da Lucasfilm pela Disney. Após a rejeição, Snyder adaptou o conceito para um universo original.

Com um orçamento colossal estimado em US$ 166 milhões, Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo conta a história de Kora (Sofia Boutella), uma misteriosa forasteira que vive em uma colônia agrícola pacífica. Quando a colônia é ameaçada pelo tirano Balisarius e seu comandante Atticus Noble, Kora embarca em uma missão para reunir guerreiros de diversos planetas para defender a vila – uma premissa claramente inspirada em Os Sete Samurais de Akira Kurosawa (1954) e, por extensão, Star Wars.

O filme representa a culminação de todos os vícios e virtudes de Snyder como diretor. Visualmente, é inegavelmente impressionante, com design de produção elaborado e sequências de ação estilizadas. No entanto, as falhas narrativas são gritantes: personagens unidimensionais, diálogos clichês, worldbuilding excessivo sem contexto adequado, e uma história derivativa que não oferece nada de novo ao gênero space opera.

Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo: Veja sinopse, elenco e trailer do filme de Zack Snyder | O TEMPO

A estratégia de dividir a história em duas partes se mostrou problemática, pois o primeiro filme dedica-se quase inteiramente a reunir o grupo de guerreiros, deixando pouco espaço para desenvolvimento de personagens significativo. Além disso, Snyder filmou simultaneamente duas versões de cada filme: uma classificação PG-13 para lançamento regular e uma versão R com mais violência e conteúdo adulto.

A recepção crítica foi devastadora, com apenas 21% de aprovação no Rotten Tomatoes e 30/100 no Metacritic – entre as piores de sua carreira. As críticas foram quase unânimes em apontar a beleza visual e a falta de substância narrativa, com muitos comparando desfavoravelmente o filme às suas inspirações óbvias.

Apesar da Netflix alegar números de visualização impressionantes, o futuro da franquia após a Parte 2 parece incerto, considerando o investimento massivo e a recepção negativa. Rebel Moon exemplifica como o estilo de Snyder, quando não ancorado por material fonte forte ou restrições criativas, tende a produzir obras visualmente deslumbrantes mas narrativamente insatisfatórias.

Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo está disponível na Netflix.

Padrões de falha: o que une os piores trabalhos de Snyder

Analisando cronologicamente estes cinco filmes, podemos identificar padrões recorrentes que ajudam a explicar por que obras visualmente impressionantes e com orçamentos generosos acabaram decepcionando críticos e audiências:

  • 1. Estética sobre narrativa: Em todos os casos, Snyder prioriza momentos visuais impactantes em detrimento de uma narrativa coesa. Cenas são frequentemente construídas em torno de “momentos poster” – imagens que ficariam impressionantes em pôsteres ou trailers – sem necessariamente servir à história. O uso excessivo de slow motion, particularmente em Liga da Justiça e Rebel Moon, é sintomático desta abordagem.
  • 2. Duração excessiva: Todos os cinco filmes sofrem de problemas de ritmo e duração inflada. Batman vs Superman (151 minutos na versão teatral, 182 na Ultimate Edition), Liga da Justiça (242 minutos), Army of the Dead (148 minutos) e Rebel Moon (135 minutos) demonstram a relutância de Snyder em cortar material, resultando em narrativas que perdem foco e momentum.
  • 3. Tonalidade inconsistente: Snyder tem predileção por tons sombrios e temáticas adultas, mesmo quando trabalha com material que tradicionalmente tem abordagens mais leves. Esta discrepância foi particularmente problemática em Batman vs Superman, onde sua desconstrução sombria de Superman colidiu com as expectativas do público para o personagem.
  • 4. Caracterização superficial: Seus protagonistas frequentemente carecem de desenvolvimento psicológico profundo, funcionando mais como veículos para sequências de ação estilizadas do que como personagens tridimensionais. Em Rebel Moon e Army of the Dead, temos grupos de personagens que raramente transcendem seus arquétipos básicos.
  • 5. Worldbuilding excessivo: Principalmente em seus trabalhos mais recentes para a Netflix, Snyder dedica tempo significativo estabelecendo elementos de um universo expandido, frequentemente às custas da história principal. Army of the Dead introduz conceitos (zumbis inteligentes, robôs) que nunca são adequadamente explorados, enquanto Rebel Moon sobrecarrega o espectador com referências a uma mitologia elaborada sem contexto suficiente.

Curiosamente, os filmes mais bem-sucedidos de Snyder (300, Watchmen, Dawn of the Dead) evitaram muitos destes problemas, seja por terem material fonte forte que disciplinou sua abordagem visual (300, Watchmen), seja por terem premissas simples e diretas que não permitiam excessos narrativos (Dawn of the Dead).

Independentemente das críticas, Zack Snyder permanece uma voz autoral inconfundível no cinema contemporâneo – para o bem ou para o mal. Seu estilo polarizador garante que seus filmes, mesmo quando falhos, nunca sejam entediantes ou anônimos – qualidade cada vez mais rara em uma era de blockbusters homogeneizados.

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