NVIDIA, a nova gigante do século: como a empresa cresceu mais de 5 vezes em dois anos surfando a onda da IA
Em janeiro de 2023, uma ação da NVIDIA valia pouco mais de US$ 14. Hoje, após uma escalada vertiginosa, o papel é negociado acima dos US$ 164, acumulando uma valorização de 1.000% em apenas dois anos e meio. A responsável por essa curva ascendente? A nova corrida do ouro — ou melhor, de silício — puxada pela inteligência artificial generativa.
O ponto de ignição veio em maio de 2023, quando a NVIDIA anunciou uma explosão na demanda por seus chips e uma previsão de crescimento de 64% na receita. De lá pra cá, o mercado tem acompanhado uma sucessão de trimestres de resultados históricos.
O trimestre que fez história: US$ 22 bilhões de lucro com IA
No último trimestre fiscal, encerrado em janeiro de 2025, a NVIDIA superou mais uma vez as expectativas do mercado:
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Receita: US$ 39,3 bilhões
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Lucro líquido: US$ 22,1 bilhões
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Crescimento anual: +78% na receita e quase 5x no lucro
Mais de 90% do faturamento veio da divisão de data centers, impulsionada pelos supercomputadores Blackwell — que, segundo o CEO e cofundador Jensen Huang, já renderam bilhões em vendas no trimestre de estreia.
A engrenagem da nova economia
Mais do que vender chips, a NVIDIA hoje vende infraestrutura para o futuro. Seus processadores alimentam desde plataformas de IA generativa até sistemas de IA física — como agentes autônomos para logística, engenharia e saúde. O CEO fala em “agentic AI” e “physical AI” como a próxima fronteira da automação de decisões, e Wall Street comprou essa visão com entusiasmo incomum.
A NVIDIA já olha para o futuro e desenha a próxima grande revolução em que ela almeja liderar, atuando como peça fundamental para o mercado de robôs humanoides. A ideia da empresa é seguir uma abordagem “Full-Stack”, oferecendo soluções que englobam desde softwares avançados de modelagem de IA até os processadores que impulsionam os robôs.
Como é explicado em seu site oficial, “a NVIDIA está desenvolvendo sistemas acelerados, projetos, ferramentas, serviços, algoritmos e outras tecnologias de robótica que podem ser usados para construir robôs de uso geral com formato humano“.
US$ 4 trilhões: o número que reescreve as regras
No dia 10 de julho de 2025, a NVIDIA fechou o pregão valendo US$ 4 trilhões — a primeira empresa da história a atingir esse marco. Para se ter uma ideia do que isso representa:
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A NVIDIA vale mais que Microsoft e Apple, individualmente
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Supera a soma de Meta + Alphabet
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Equivale à soma de Amazon, Walmart e Costco
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E vale mais que Tesla, GM, Ford e Stellantis juntos… três vezes
Ou seja: estamos diante de uma empresa que, sozinha, eclipsa conglomerados globais em setores inteiros.
Bolha ou novo paradigma?
Claro, nem todos estão convencidos. Críticos veem o salto da NVIDIA como um déjà-vu da bolha das ponto.com, com valuations movidos mais por hype do que por fundamentos. Mas até agora, os fatos contrariam esse ceticismo: a NVIDIA não apenas promete, ela entrega — e com margem.
Entre maio de 2023 e julho de 2025, o valor de mercado da empresa saltou de US$ 750 bilhões para US$ 4 trilhões. Um crescimento que não encontra paralelo nem mesmo nas big techs do Vale do Silício.
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