Governo cria base unificada para identificação de celulares roubados
Governo cria base unificada para identificação de celulares roubados
O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou uma nova ferramenta para combater o mercado de celulares roubados no Brasil. Trata-se do Cadastro Nacional de Celulares com Restrição (CNCR), um sistema que centraliza informações sobre aparelhos furtados, roubados ou extraviados em todo o território nacional, permitindo verificar a situação de qualquer dispositivo antes de uma possível compra.
A iniciativa integra o programa Celular Seguro, já em funcionamento, e representa um avanço significativo na estratégia do governo para reduzir os crimes envolvendo smartphones, um dos itens mais visados em assaltos nas cidades brasileiras.
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O grande diferencial do CNCR está na unificação de dados. A plataforma integra informações do Cadastro de Estações Móveis Impedidas (mantido pela Anatel) e da Base Nacional de Boletins de Ocorrência, criando um repositório consolidado e mais completo. Essa centralização facilita tanto a consulta por parte dos consumidores quanto o trabalho das autoridades policiais na recuperação de aparelhos subtraídos.
Para os brasileiros interessados na compra de um celular usado, o sistema traz mais segurança ao permitir a verificação da procedência do aparelho através do número IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel). Basta acessar o aplicativo Celular Seguro e selecionar a opção “Celulares com Restrição” na tela inicial.
Como verificar se um celular é roubado
O processo de consulta é bastante simples e acessível. Ao abrir o aplicativo do Celular Seguro, o usuário deve selecionar a opção “Celulares com Restrição” e inserir o número IMEI do aparelho que deseja verificar. Este código único de 15 dígitos pode ser obtido digitando *#06# no teclado do smartphone em questão.
Alternativamente, o aplicativo oferece a opção “Ler Código de Barras”, que aciona a câmera do smartphone para escanear o código diretamente da embalagem ou de um adesivo presente no dispositivo. Após a consulta, o sistema informa imediatamente se o aparelho possui alguma restrição cadastrada.
É importante destacar que o CNCR não substitui a necessidade de registrar boletins de ocorrência em caso de roubo ou furto, nem substitui as bases de dados das operadoras de telefonia. Ele funciona como uma camada adicional de segurança e um ponto central de consulta.
A gestão do sistema ficará a cargo da Secretaria-Executiva do Ministério da Justiça e Segurança Pública, responsável pelo planejamento, coordenação e supervisão do cadastro. Paralelamente, a Secretaria Nacional de Segurança Pública trabalhará junto aos estados e ao Distrito Federal para aprimorar e padronizar os registros de ocorrências relacionadas a celulares roubados ou furtados.
Para os consumidores brasileiros, a recomendação é clara: antes de adquirir um celular usado, sempre verifique sua procedência através do CNCR, evitando assim problemas futuros e desencorajando o mercado ilegal de aparelhos.
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