Galaxy Z Fold 7 dobra resistência e promete 500 mil aberturas na tela

A Samsung elevou significativamente o padrão de durabilidade de seus smartphones dobráveis com o Galaxy Z Fold 7. O novo carro-chefe da linha agora traz uma tela certificada para suportar até 500 mil dobras, representando um aumento de 150% em relação às gerações anteriores que prometiam “apenas” 200 mil ciclos de abertura e fechamento. Esta melhoria coloca o dispositivo em um novo patamar de resistência no mercado.

A certificação foi concedida pela Bureau Veritas, empresa global especializada em testes e certificações técnicas, após um rigoroso processo que durou 13 dias completos em temperatura ambiente controlada (25°C). Ao final dos testes, o painel do dispositivo permaneceu totalmente funcional, comprovando a robustez da nova tecnologia empregada pela fabricante sul-coreana.

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Para colocar em perspectiva, as 500 mil dobras significam que o aparelho pode durar mais de 10 anos para um usuário médio que dobra seu smartphone cerca de 100 vezes por dia. Mesmo para utilizadores intensivos, que abrem e fecham o dispositivo aproximadamente 200 vezes diariamente, a expectativa de vida útil ultrapassaria os 6 anos. Este avanço é particularmente relevante para o mercado brasileiro, onde o alto custo desses aparelhos torna a durabilidade um fator decisivo na hora da compra.

Até então, a Samsung ficava atrás de alguns concorrentes neste quesito. A OnePlus, por exemplo, já havia anunciado em 2023 que seu modelo Open seria capaz de resistir a 1 milhão de dobras. Contudo, testes independentes realizados com o Galaxy Z Fold 5 mostraram que o dispositivo anterior da Samsung já superava a certificação oficial, aguentando cerca de 400 mil dobras antes de apresentar problemas.

Inovações tecnológicas por trás da maior durabilidade

As melhorias na resistência não ocorreram por acaso. A Samsung implementou diversas inovações técnicas para atingir esse novo patamar de durabilidade. Entre as principais estão um vidro ultrafino (UTG) 50% mais espesso em comparação com modelos anteriores, proporcionando maior proteção contra impactos e desgaste diário.

Outro avanço significativo está no adesivo utilizado entre as camadas internas do painel OLED. A empresa desenvolveu um novo composto de alta elasticidade que oferece “mais de quatro vezes a capacidade de recuperação” em relação às versões anteriores. Esta característica é fundamental para manter a integridade estrutural do display flexível ao longo de milhares de ciclos de dobra.

A Samsung também aprimorou a capacidade geral de absorção de impactos do conjunto, tornando o dispositivo mais resistente a quedas acidentais – um dos principais fatores de danos em smartphones premium. Esse conjunto de melhorias técnicas demonstra o investimento contínuo da fabricante em superar um dos maiores desafios dos dispositivos dobráveis: a durabilidade a longo prazo.

É importante destacar que a certificação se refere especificamente ao display, considerado o componente mais vulnerável em smartphones dobráveis. Outros elementos como a dobradiça, bateria e componentes internos também podem influenciar a vida útil total do aparelho, embora seja esperado que estes resistam pelo menos o mesmo período.

Com esta evolução, a Samsung busca alinhar a durabilidade física do Galaxy Z Fold 7 à sua promessa de suporte de software estendido, que agora chega a 7 anos. Pela primeira vez, o aspecto físico do dispositivo pode superar seu ciclo de atualizações de sistema, representando um marco importante na maturidade da tecnologia de telas dobráveis.

Fonte: 9to5Google