Elon Musk ameaçou fundar um partido caso a nova lei de Trump fosse aprovada — e ela foi.”

Elon Musk ameaçou fundar um partido caso a nova lei de Trump fosse aprovada — e ela foi.”

Elon Musk voltou a causar agitação na política americana. Após semanas criticando duramente o novo pacote fiscal defendido por Donald Trump, o bilionário foi direto: se a proposta fosse aprovada, ele fundaria o “Partido da América”. A lei foi aprovada nesta terça-feira (01) pelo Senados dos EUA.

A votação foi apertada, 51 a 50, com o vice-presidente J.D. Vance decidindo o resultado a favor do futebol legislativo liderado por Trump. Agora ela retorna à Câmara dos Representantes para nova rodada de voto antes de seguir para a sanção presidencial. A pressão agora recai sobre Musk para cumprir o que disse.

A fala não veio em forma de discurso formal nem coletiva de imprensa. Foi um tweet direto, como costuma fazer, que funcionou mais como uma ameaça política do que como plano estruturado. Mesmo assim, o impacto foi imediato: manchetes em jornais, reações de políticos e uma nova tensão pública entre dois dos nomes mais influentes da direita americana — Musk e Trump.

A tensão entre Musk e Trump explodiu em público

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A relação entre Elon Musk e Donald Trump já vinha se deteriorando, mas o rompimento recente foi barulhento. Em junho, Musk acusou o presidente de só ter vencido as eleições com a ajuda de suas doações milionárias e insinuou que Trump teria ligação com o escândalo Jeffrey Epstein — uma acusação gravíssima que fez com que ambos trocassem farpas em público.

Musk chegou a dizer que iria se afastar da política para focar nas dificuldades da Tesla. Isso durou apenas um mês. Com a lei fiscal avançando no Congresso, o bilionário voltou à cena com declarações ainda mais agressivas — e agora fala abertamente em bancar um novo partido político.

A origem do Partido da América: uma enquete com seus seguidores

A ideia de criar o “Partido da América” surgiu ainda durante a troca de acusações com Trump. Musk fez uma enquete no X perguntando aos seus seguidores se deveria fundar uma nova legenda que representasse “os 80% dos americanos que não se sentem representados nem por democratas, nem por republicanos”.

O resultado foi claro: 80,4% votaram “sim”. Na ocasião, ele deixou a proposta no ar, mas agora a está retomando como resposta direta à aprovação da nova lei orçamentária.

“Nosso país precisa de uma alternativa ao unipartidarismo democrata-republicano para que o povo realmente tenha VOZ.”

A lei que Musk chama de “aberração repugnante”

O estopim do novo embate foi a chamada “One Big Beautiful Tax Bill” — um pacote fiscal idealizado por Trump e aprovado recentemente no Congresso. Musk foi um dos principais críticos da proposta e não mediu palavras:

“Esse projeto de lei massivo, escandaloso e cheio de subsídios é uma abominação repugnante. Vergonha para quem votou a favor — vocês sabem que fizeram errado”, declarou Musk.

A crítica central de Musk é que a lei:

  • Aumenta o teto da dívida pública

  • Expande isenções fiscais para bilionários e grandes empresas

  • Corta investimentos em saúde e programas sociais

Em sua visão, o projeto favorece os ultrarricos — como ele próprio — às custas dos mais pobres, e mina a responsabilidade fiscal prometida pela ala conservadora.

Ataques diretos aos senadores republicanos: “Vão perder as primárias”

Com a lei aprovada, Musk subiu o tom. Ele usou sua conta no X para ameaçar diretamente os senadores republicanos que apoiaram a proposta, dizendo que vai trabalhar ativamente para derrotá-los nas primárias de 2026:

““Eles vão perder suas primárias no ano que vem, mesmo que seja a última coisa que eu faça neste planeta

Segundo Musk, quem fez campanha para conter o gasto público e agora apoia a maior expansão de dívida da história americana “deveria abaixar a cabeça de vergonha!

 

Trump ameaça rever contratos de Musk

“Temos que analisar”: Trump fala sobre possível deportação de Musk; entenda o novo capítulo da treta

Trump não ficou calado. Em sua rede social Truth Social, o presidente acusou Musk de ser um hipócrita que só chegou onde está graças a bilhões em subsídios públicos:

“Sem subsídios, ele teria que fechar as portas e voltar pra África do Sul.”

Trump ainda prometeu enviar o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), até então sob influência de Musk, para revisar todos os contratos da Tesla, SpaceX e Starlink. Segundo ele, cortar os gastos com satélites, foguetes e carros elétricos traria ‘uma economia gigantesca’ aos cofres públicos.

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