
Ele corre, pula e ainda sabe usar uma parafusadeira: conheça o robô chinês que pode redefinir o trabalho nas fábricas
A startup chinesa Robotera apresentou o L7, um robô humanoide ágil e incrivelmente versátil que combina força física, coordenação motora fina e uma arquitetura modular pensada para atuar em fábricas, centros logísticos e até no atendimento ao público. Com velocidade de corrida de 14,4 km/h e destreza para usar ferramentas como parafusadeiras, o L7 aponta para uma nova geração de robôs industriais multifuncionais — com potencial para transformar profundamente o mercado de trabalho.
Um robô que une força bruta e precisão cirúrgica
Com 1,71 metro de altura e 65 kg, o Robotera L7 impressiona tanto pelo porte quanto pela capacidade de movimento. Equipado com motores de torque elevado que alcançam até 400 N·m, ele consegue executar saltos, rotações de 360 graus e manter o equilíbrio mesmo após impactos, reagindo em menos de 0,1 segundo.
A estrutura combina alumínio aeroespacial e fibra de carbono, o que reduz o peso total sem comprometer a rigidez — permitindo movimentos rápidos com perdas mínimas de energia. Isso faz com que o L7 tenha desempenho atlético comparável ao de um humano treinado.
Mãos que aprendem e reagem em tempo real
Mas o diferencial mais promissor está nas mãos. O L7 conta com braços bionicos de sete eixos e mãos de cinco dedos com 12 graus de liberdade — cada dedo se movimenta de forma independente. Isso permite que o robô manipule desde objetos frágeis até ferramentas de uso industrial com extrema precisão.
A cada 100 ms, o sistema atualiza a configuração das mãos com base nos sensores do ambiente. Isso garante reflexos rápidos e uma adaptação precisa aos fluxos de trabalho. Em testes práticos, o robô consegue apertar parafusos em superfícies inclinadas sem precisar reposicionar o corpo, otimizando tempo e eficiência.
Arquitetura modular: um corpo, vários usos
A Robotera projetou o L7 com uma abordagem “corpo completo + parte superior destacável”. Em fábricas com pouco espaço, é possível usar apenas o torso (versão M7), com braços e mãos operando de forma autônoma em linhas de montagem. Já o modelo full-body é ideal para tarefas dinâmicas que exigem locomoção, como logística ou interação com pessoas em ambientes comerciais.
Essa modularidade reduz custos e amplia a gama de aplicações — do setor de eletrônicos ao varejo, passando por universidades e centros de pesquisa.
Visão panorâmica e sensores 360°
O L7 enxerga o ambiente ao redor com um sistema de fusão multisensorial, que combina câmeras panorâmicas, sensores de profundidade e posicionamento em tempo real. Com essa percepção espacial ampla, ele navega por espaços complexos sem depender de marcações externas.
A bateria é removível a quente, permitindo trocas sem desligar o sistema — mas a duração exata ainda não foi revelada.
Adotado por gigantes da tecnologia e universidades
Mais de 200 unidades do L7 já foram entregues, e a Robotera afirma ter centenas em produção. Entre os clientes estão nove das maiores empresas de tecnologia do mundo, além de universidades como MIT, Stanford e Berkeley, que utilizam o robô em projetos de pesquisa.
Segundo os engenheiros da Robotera, o grande desafio foi escalar o controle motor para um robô de estatura humana. Cada 10 cm a mais de altura dobram a complexidade da estabilização — algo que o L7 supera com folga.
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